A Câmara dos Deputados estará com ausência significativa de parlamentares nesta quarta-feira (18). O vice-presidente da casa, Marcos Pereira, do partido Republicanos de São Paulo, autorizou todos os deputados a não registrarem suas presenças por meio de biometria, possibilitando que trabalhem remotamente. Com informações do Metrópoles.
Essa decisão veio após uma reunião entre líderes parlamentares que, com o consentimento de Arthur Lira, do PP de Alagoas, optaram por adiar a votação do Projeto de Lei relacionado às offshores.
A decisão de dar uma “folga”, que provavelmente se estenderá até quinta-feira, é uma maneira de demonstrar ao governo que a liderança da Câmara dos Deputados está nas mãos de Arthur Lira. A expectativa era que o vice-presidente Marcos Pereira conduzisse os procedimentos legislativos de forma eficiente, com o respaldo dos líderes que permaneceram no país.
De acordo com os governistas, essa mudança de rumo é vista como uma tentativa de “sufocamento” ao governo federal. Arthur Lira está cobrando a concretização das nomeações para cargos prometidos, como as presidências da Caixa Econômica Federal e da Fundação Nacional de Saúde (Funasa).
Conforme relatado pelo site, Arthur Lira havia estabelecido um escritório na China para monitorar as votações juntamente com seus colegas que estavam em viagem. Na China, encontram-se o líder do PT, Zeca Dirceu (PR); Elmar Nascimento (BA), do partido União Brasil; André Figueiredo (CE), do PDT; além de Luis Tibé (MG), do partido Avante.
Agora, além do bloqueio na agenda legislativa devido à prioridade dada à votação de emergência do Projeto de Lei relacionado às offshores, os deputados terão que aguardar o retorno de Arthur Lira ao Brasil para retomar suas atividades parlamentares.
A previsão é que a votação do Projeto de Lei que impõe impostos sobre fundos de super-ricos ocorra em 24 de outubro.
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