O ex-presidente Jair Bolsonaro retornará à sede da Polícia Federal em Brasília, nesta quarta-feira (18), para prestar depoimento. Dessa vez, no âmbito da investigação que envolve empresários suspeitos de promoverem a ideia de um golpe de Estado por meio de mensagens em um grupo do WhatsApp. Com informações do GLOBO.
Em agosto, Alexandre de Moraes encerrou o processo de seis indivíduos investigados, incluindo Afrânio Barreira Filho, José Isaac Peres, José Koury Junior, Ivan Wrobel, Marco Aurélio Raymundo e Luiz André Tissot. No entanto, a investigação continua em andamento no caso de Luciano Hang e Meyer Nigri.
Conforme a afirmação de Moraes, a Polícia Federal confirmou a existência de uma ligação entre Meyer Nigri e Jair Bolsonaro, com o propósito de espalhar notícias falsas com o intuito de atacar o Supremo Tribunal Federal (STF), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o sistema de urnas eletrônicas.
Documentos adquiridos pela CPI da Pandemia, em setembro de 2021, trouxeram à tona informações sobre como o blogueiro Allan dos Santos, acusado de disseminar notícias falsas, obteve financiamento de um apoiador do presidente Bolsonaro, Luciano Hang, que é empresário. Além disso, foi revelado que ele contou com a assistência do filho do presidente, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL), nesse processo.
A CPI investigou o uso da rede de disseminação de notícias falsas, popularmente chamada de “gabinete do ódio”, por políticos, empresários e sites. Segundo a CPI, essa estrutura já estava em operação antes do surgimento da pandemia de Covid-19, mas adquiriu maior relevância na disseminação de informações falsas relacionadas à pandemia.