Sempre digo que é um erro primário colocar no mesmo pacote o projeto sionista e a religião judaica. É sempre bom destacar que o sionismo é um projeto político de extrema-direita que têm as seguintes premissas: o colonialismo, a expansão territorial e o extermínio do povo palestino. A religião judaica é usada como subterfúgio para legitimar a barbárie.
Também é um erro de análise dizer que todos os judeus são coniventes com esse projeto liderado pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que governa Israel há 16 anos seguidos. Tanto é que uma pesquisa divulgada no último dia 13, pelo jornal israelense The Jerusalem Post revela que o desmanche na popularidade de Netanyahu entre os próprio judeus já é uma realidade.
Conforme apontado pela pesquisa conduzida pelo Dialog Center, a grande maioria dos cidadãos judeus israelenses, precisamente quatro em cada cinco, atribuem ao governo e ao primeiro-ministro extremista Netanyahu a responsabilidade pela recente infiltração em massa de terroristas do grupo fundamentalista Hamas em Israel, juntamente com o subsequente massacre que matou civis israelenses.
Ainda de acordo com a pesquisa, uma esmagadora percentagem de 86% dos entrevistados, incluindo 79% dos defensores da coligação governante, consideram o ataque surpresa de Gaza como um fracasso da liderança nacional. Adicionalmente, impressionantes 92% expressaram que a guerra atual tem gerado um aumento significativo nos níveis de ansiedade.
Além disso, quase todos os participantes da pesquisa, cerca de 94%, acreditam que o governo deve assumir uma parcela da responsabilidade pela falta de preparação em matéria de segurança que levou ao referido ataque, com mais de 75% atribuindo a maior parte da responsabilidade ao governo.
Os resultados revelaram ainda que a maioria dos entrevistados apoia a renúncia de Netanyahu após a conclusão da Operação Espadas de Ferro.
Cerca de 56% expressaram a opinião de que Netanyahu deveria renunciar ao término da guerra, enquanto 28% dos eleitores da coalizão também concordaram com esta perspectiva. Ademais, 52% dos entrevistados manifestaram a expectativa de que o Ministro da Defesa, Yoav Gallant, também apresente sua renúncia.
É importante ressaltar que a pesquisa refletiu a falta de confiança da maioria dos entrevistados no governo para liderar a guerra em Gaza, embora tenha sido realizada antes da participação do ex-ministro da Defesa Benny Gantz em um governo de unidade de emergência.
Gilberto Alves
17/10/2023 - 20h32
Resumindo: Nao aprenderam nada com o holocausto e o Bibi Hitler resurgiu do inferno.