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O alerta de Celso Amorim a Lula sobre a crise no Oriente Médio

Segundo relatos da jornalista Bela Megale no jornal Globo, Celso Amorim, assessor especial da Presidência para assuntos internacionais, manifestou sua apreensão com relação ao conflito em curso entre Israel e o grupo Hamas. Ele expressou sua visão de que os atuais acontecimentos não apresentam elementos que sugiram uma redução imediata do confronto. “Vejo o conflito […]

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Segundo relatos da jornalista Bela Megale no jornal Globo, Celso Amorim, assessor especial da Presidência para assuntos internacionais, manifestou sua apreensão com relação ao conflito em curso entre Israel e o grupo Hamas.

Ele expressou sua visão de que os atuais acontecimentos não apresentam elementos que sugiram uma redução imediata do confronto. “Vejo o conflito se alastrando”, teria declarado Amorim. Recentemente, ele discutiu a situação no Oriente Médio em uma extensa reunião com o ex-presidente brasileiro Lula, agindo como um conselheiro em assuntos relacionados a este tema.

Amorim fundamentou suas preocupações mencionando o ataque israelense ao aeroporto de Aleppo, na Síria, no último sábado, e também a ampliação do conflito na região norte de Israel, próxima à fronteira com o Líbano, onde o grupo Hezbollah mantém sua presença.

Ele ressaltou a possibilidade de o ataque a Aleppo incitar a Síria, devido à estreita relação do governo sírio com a Rússia, embora tenha enfatizado que não estava prevendo uma intervenção direta da Rússia no conflito. No entanto, ele alertou que tal intervenção poderia complicar ainda mais a situação já delicada.

Além disso, Amorim destacou a crescente expansão do conflito para a fronteira norte de Israel, onde o Hezbollah exerce sua influência.

Ele citou o relatório da ONU, divulgado na sexta-feira, que indicava um aumento para mais de 420 mil pessoas deslocadas internamente na Faixa de Gaza devido ao conflito, e expressou receios de que este número possa se assemelhar ao êxodo forçado da população palestina durante o “nakba” após os eventos que se seguiram à criação do Estado de Israel em 1948.

“Nakba” significa “catástrofe” e se refere ao êxodo massivo da população palestina naquela época, estimando-se que cerca de 700 mil pessoas foram forçadas a fugir ou abandonar suas residências.

Apesar desse panorama preocupante, Amorim observou que detectou “sinais” provenientes da Europa e dos Estados Unidos que indicam esforços para conter a reação de Israel, o que poderia ser um fator positivo na tentativa de evitar uma escalada ainda maior do conflito.

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