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Embaixador da Palestina responsabiliza Comunidade Internacional pelo genocídio em Gaza

Após 11 dias de conflito, a guerra entre Israel e Palestina continua a desencadear cenas chocantes de violência na Faixa de Gaza. A região, já isolada pelas forças israelenses, enfrenta cortes de água, luz e energia desde os estágios iniciais do confronto. Além disso, Israel “recomendou” o deslocamento de milhões de pessoas do norte para […]

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Agência Senado

Após 11 dias de conflito, a guerra entre Israel e Palestina continua a desencadear cenas chocantes de violência na Faixa de Gaza. A região, já isolada pelas forças israelenses, enfrenta cortes de água, luz e energia desde os estágios iniciais do confronto. Além disso, Israel “recomendou” o deslocamento de milhões de pessoas do norte para o sul, alegando a possibilidade de uma invasão por terra, ar e mar na região.

O saldo trágico já atingiu um total de 2.800 vidas, a maioria composta por civis, incluindo crianças, no território palestino. Este é considerado o ataque mais sangrento de Israel à região. Do lado israelense, 1.400 pessoas perderam suas vidas desde o início do conflito, representando o maior número de vítimas desde a fundação do país em 1948, resultado de um ataque perpetrado pelo grupo Hamas, que assumiu o controle da Faixa de Gaza em 2006.

Além dos ataques a centros médicos, equipes de resgate e civis desarmados, os palestinos estão profundamente indignados com o silêncio da comunidade internacional em relação ao que parecem ser crimes de guerra cometidos por Israel durante o conflito. Isso inclui a alegada utilização de armas químicas, como bombas de fósforo, deslocamento forçado de palestinos e interrupção do acesso a água, eletricidade e ajuda humanitária.

O Embaixador da Palestina no Brasil, Ibrahim Alzeben, enfatizou a responsabilidade da comunidade internacional nesse contexto. Ele argumenta que a criação do Estado de Israel sem a paralela criação do Estado da Palestina torna a comunidade internacional cúmplice das tensões contínuas.

Alzeben ressalta que o silêncio da comunidade internacional em tais circunstâncias priva o povo palestino de seus direitos políticos e, portanto, os torna responsáveis de forma primária.

“Para mim e para muitos palestinos, a comunidade internacional é a principal responsável por isto. Talvez seja incômodo para a comunidade internacional essa declaração, mas quando ela permite a criação do estado de Israel e não permite a criação do estado da Palestina, ela é cúmplice”, disse em entrevista ao Brasil de Fato.

Os relatos de Alzeben apontam para a expansão da violência para além da Faixa de Gaza, atingindo também a Cisjordânia, onde palestinos enfrentam obstáculos e ataques por parte de colonos israelenses, inclusive em Jerusalém Oriental.

A violência recente é vista como uma continuação das tensões que remontam a 1948, alimentadas pelas contínuas violações dos direitos do povo palestino e do direito internacional humanitário por parte de Israel.

Ele diz que “quando a comunidade internacional fica calada e converte o tema em um assunto humanitário para refugiados palestinos, ela priva o povo palestino de seus direitos políticos, por isso ela é cúmplice”.

Alzeben finaliza dizendo que “antes de culpar Israel, antes de culpar a Palestina, antes de culpar alguma organização, a comunidade internacional, por seu silêncio, é responsável número um, por permitir que Israel siga praticando tudo o que praticou ao longo de 70 anos”, completa.

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Ugo

17/10/2023 - 11h35

O embaixador da Palestina foi escolhido por Hamas (que é o grupo que foi eleito pelos palestinos para governar).


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