Sem maior destaque, o site UOL informa que “um bombardeio israelense no sul do Líbano hoje (13) matou um jornalista e deixou outros três profissionais feridos. As explosões atingiram as equipes de reportagem da Reuters e do canal Al Jazeera. As informações foram divulgadas pela Associated Press e Al-Monitor. A vítima é Issam Abdallah, cinegrafista da Reuters. Entre os feridos, estão a repórter Carmen Joukhadar e o cinegrafista Elie Brakhya, ambos da Al Jazeera. A identidade e o veículo do terceiro ferido não foram divulgados”.
Em comunicado oficial, a Reuters confirmou o atentado. “Estamos profundamente tristes por saber que nosso cinegrafista, Issam Abdallah, foi morto. Estamos buscando mais informações, trabalhando com as autoridades da região e dando apoio à família e aos colegas de trabalho de Issam”. O cinegrafista foi assassinado enquanto trabalhava no sul do Líbano. Ele fazia parte da equipe da Reuters na região que fornecia sinal de vídeo ao vivo. Issam Abdallah e os outros profissionais da imprensa foram atingidos por uma explosão.
Um vídeo mostra o momento do ataque. “Ao fundo, é possível ouvir uma mulher e um homem gritando. Em inglês, a mulher pergunta ‘o que aconteceu?’ e diz que ‘não consigo sentir minhas pernas’… Fontes da AFP afirmaram que o ataque aconteceu após uma ‘tentativa de infiltração’ em Israel. Segundo o Al Manar, o canal do Hezbollah libanês, houve disparos na fronteira após essa ofensiva. A equipe da CNN também ouviu [nove] ‘projetos’ disparados por Israel”.
Profissionais mortos e feridos em Gaza
Esse não é o primeiro – e nem deve ser o último – ataque contra jornalistas patrocinado pelo Estado terrorista de Israel com seu projeto genocida de anexação total na região. Nesta semana, o Sindicato dos Jornalistas da Palestina divulgou uma nota em que afirma que os profissionais de imprensa são alvos constantes do Exército israelense. No comunicado, a entidade lista uma série de agressões registradas desde o início do confronto.
Somente na Faixa de Gaza, oito profissionais de imprensa teriam sido assassinados, dois estão desaparecidos, dez foram feridos e 40 veículos de mídia foram bombardeados e completamente destruídos. Uma jornalista, segundo o sindicato, foi morta junto com o marido e três filhos durante um ataque aéreo que atingiu a sua casa. Dezenas de jornalistas também tiveram as suas residências bombardeadas.
“O sindicato apela à Federação Internacional de Jornalistas, à Federação dos Jornalistas Árabes e a todas as instituições internacionais afiliadas às Nações Unidas e às instituições internacionais de direitos humanos para que tomem medidas para proteger os jornalistas palestinos e para acabar com os crimes cometidos pela ocupação [israelense] de forma sistemática e por uma decisão oficial do governo”, diz o comunicado.
Essa violência contra os jornalistas, porém, não é destaque nas emissoras de televisão e nem manchete dos jornalões e revistonas. Jorge Pontual e outros comentaristas da GloboNews não choraram pelos profissionais da imprensa assassinados. A mídia colonizada, com seu alinhamento automático à política externa dos EUA/Israel, até parece uma sucursal rastaquera do sionismo.
Ronei
16/10/2023 - 08h17
A coisa mais fácil que pode acontecer com um jornalista que faz cobertura de uma guerra é morrer.
Dito isso faz alguma diferença se morreu um jornalista ou um mecânico ?
Fanta
16/10/2023 - 07h16
Quem mandou o Líbano meter o bico em assuntos dos outros ?