Sob a mira da CPI de 8 de Janeiro, o ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques, tem em seu celular confiscado pelas autoridades fotos de Adolf Hitler e Benito Mussolini, junto com registros ao lado da família Bolsonaro. Com informações do O GLOBO.
Essas imagens revelam seu interesse acentuado por armas, e até mesmo há gravações contendo palavras ofensivas e reclamações relacionadas aos bloqueios ocorridos nas rodovias federais durante o segundo turno das últimas eleições.
Conforme informações de fontes dentro da CPI, o conteúdo recuperado do celular sugere que Silvinei teria recebido esses materiais de terceiros. Os documentos disponíveis não incluem, por exemplo, mensagens enviadas por ele próprio, levando a CPI a deduzir que o ex-chefe da PRF tinha o hábito de apagar seus próprios arquivos, possivelmente com o receio de estar sujeito a uma possível quebra de sigilo, que acabou se concretizando.
Apesar disso, o conteúdo do celular foi encaminhado à CPI, que está programada para se reunir nesta terça-feira (17), para a leitura do relatório elaborado pela senadora Eliziane Gama (PSD-MA), que totaliza aproximadamente 900 páginas. Conforme já adiantado pela coluna, o ex-presidente Jair Bolsonaro pode enfrentar pelo menos quatro acusações criminais.
Em agosto, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em resposta a um pedido da Polícia Federal, ordenou a detenção preventiva de Silvinei. A PF alegou que havia um risco de que ele pudesse obstruir o avanço das investigações e influenciar os depoimentos relacionados ao suposto uso da corporação contra eleitores de Lula. Até o momento, o ex-diretor da PRF permanece sob prisão.
Dentre as várias imagens encontradas no celular de Silvinei, destacam-se uma fotografia de Adolf Hitler junto ao então ministro da propaganda do regime nazista, Joseph Goebbels, e outra que retrata o corpo de Mussolini pendurado pelos pés em um posto de gasolina.