Segundo a coluna do Lauro Jardim, a investigação da Polícia Federal está progredindo na busca pelo responsável pelo assassinato de Marielle Franco. De acordo com uma fonte próxima aos chefes da investigação, “a confiança deles é grande”.
Enquanto estava em Salvador no início deste mês, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), sinalizou que a investigação do crime está fazendo progressos significativos.
“Nós estamos, portanto, com muita seriedade investigando desde o caso da vereadora Marielle, assassinada há cinco anos no Rio de Janeiro, e também esses casos diários em que há essa parceria com o governo do Estado do Rio. E, nesse caso, também enfatizo que conversei com o prefeito Eduardo Paes, do Rio de Janeiro, de modo que há um mutirão, hoje, dos três poderes e as três esferas federativas”, disse o ministro.
No mais recente desenvolvimento público da investigação, Élcio de Queiroz, um ex-policial militar vinculado ao assassinato, forneceu um depoimento que se estendeu por quase duas horas perante a Justiça do Rio, em 10 de outubro. Durante seu testemunho, ele mencionou o envolvimento de Maxwell Simões no crime e também fez alegações de extorsão, envolvendo Ronnie Lessa, o suposto executor dos homicídios, por parte de um policial da Delegacia de Homicídios, conhecido como “Marquinhos da DH”.
Queiroz admitiu ter recebido auxílio financeiro de Maxwell enquanto estava detido e revelou que Ronnie Lessa mencionou uma “encomenda paga” em algum momento antes do crime, embora não tenha feito referência direta à vereadora Marielle. O ex-policial afirmou que Maxwell Simões se desfez do veículo usado no crime, um Chevrolet Cobalt prateado, e que Lessa e Maxwell estavam planejando uma ação criminosa meses antes do evento, mas que ele só teria descoberto que se tratava de um homicídio no dia do atentado.