Sarkozy elogia papel de Lula na ONU

RICARDO STUCKERT

O ex-presidente francês Nicolas Sarkozy elogiou a proeminência internacional do ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante sua participação no Fórum Internacional Esfera em Paris, conforme relatado pela CNN Brasil.

Sarkozy enfatizou o compromisso de Lula em representar o Brasil em âmbito global, independentemente das divergências políticas. Ele ressaltou que o papel de liderança de Lula é inegável e que o potencial político do Brasil, frequentemente subestimado, é notável devido à sua considerável população.

 “A vontade de Lula de levar a voz do Brasil ao mundo é incontestável”, destacou o líder francês.

Sarkozy também fez uma crítica contundente aos Estados Unidos, comparando-os a uma força desproporcional no cenário global, destacando a importância do equilíbrio entre poder e diplomacia nas relações internacionais.

Além de elogiar Lula e promover uma colaboração estratégica entre França e Brasil, Sarkozy expressou sua insatisfação com a eficácia dos organismos multilaterais, incluindo a ONU, defendendo a necessidade de reformas para refletir a realidade do século 21.

“O sistema multilateral que conhecemos hoje é do século 20 e estamos no século 21. […] Onde está a Organização das Nações Unidas? Desapareceu. Quem dá importância para o que diz o secretário-geral das Nações Unidas?”, questionou.

Sarkozy defendeu a inclusão de países emergentes, como o Brasil, no Conselho de Segurança da ONU, argumentando que a representação desses países é crucial para um sistema multilateral mais equitativo e eficiente.

“Não tem um país africano [como membro permanente do Conselho], não tem um país da América do Sul, é uma loucura […] Evidentemente, o Brasil tem vocação para ser membro do Conselho. Não há nada mais urgente hoje do que o Brasil e a França assumirem a liderança para desenhar o que deveria ser um novo sistema multilateral do século 21, que possibilite falar e resolver questões mundiais”.

Concluindo sua participação, Sarkozy incentivou o Brasil e a França a liderarem a reestruturação do sistema multilateral, reconhecendo o papel crescente das nações emergentes e o declínio relativo das potências tradicionais.

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