Salama Maruf, chefe do Escritório de Mídias da Palestina na Faixa de Gaza, rejeitou veementemente o aviso de evacuação emitido por Israel para a área mais densamente povoada do enclave costeiro, que abriga mais de 1,1 milhão de palestinos. Ele descreveu a medida como uma tática de “propaganda enganosa” destinada a semear a confusão e desestabilizar a coesão interna.
Maruf declarou que a convocação israelense era uma forma de “guerra psicológica” contra o povo palestino, e instou os habitantes do norte de Gaza a permanecerem firmes em suas casas, enviando uma mensagem clara de resistência contra a ocupação.
“Morremos em pé”, reiterou Maruf em um discurso emocionado para uma multidão que protestava contra Israel, acrescentando que se decidissem sair, eles iriam para os territórios ocupados em 1948.
Além disso, Maruf convocou os palestinos nos territórios ocupados a se manifestarem contra os bombardeios indiscriminados em Gaza e a se dirigirem à Mesquita de Al-Aqsa em Al-Quds (Jerusalém), desafiando as forças israelenses na Cisjordânia ocupada.
Em paralelo, na noite de quinta-feira, o exército israelense deu um prazo de 24 horas para que os representantes da ONU em Gaza transferissem os residentes do norte para o sul do enclave costeiro palestino, o que especialistas interpretaram como um prenúncio de uma ofensiva terrestre israelense, após uma semana de bombardeios aéreos devastadores resultando em mais de 1.500 mortes.
Até o momento, mais de 423 mil palestinos foram deslocados de suas residências na Faixa de Gaza, de acordo com o Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação dos Assuntos Humanitários.
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