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PF investiga elo de Braga Netto com golpistas

Segundo O GLOBO, a Polícia Federal está conduzindo uma investigação para determinar se o general da reserva Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro no ano passado, desempenhou um papel de ligação entre o ex-presidente e indivíduos que estiveram envolvidos nos acampamentos montados em frente aos quartéis […]

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Foto: Reprodução

Segundo O GLOBO, a Polícia Federal está conduzindo uma investigação para determinar se o general da reserva Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro no ano passado, desempenhou um papel de ligação entre o ex-presidente e indivíduos que estiveram envolvidos nos acampamentos montados em frente aos quartéis do Exército.

Esses acampamentos buscavam uma intervenção militar após a eleição do presidente Lula. A investigação se baseia principalmente no depoimento de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens, que fez um acordo de delação premiada com a Polícia Federal e cujo acordo foi homologado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Quando contatado, o general da reserva Walter Braga Netto, por meio de sua equipe de assessoria de imprensa, declarou que está desconhecendo o conteúdo da delação e, portanto, não está em posição de emitir qualquer comentário sobre um processo que está sob sigilo.

Conforme o relato prestado por Mauro Cid à Polícia Federal, Braga Netto estava regularmente informando Jair Bolsonaro sobre o progresso das manifestações de natureza golpista e agindo como uma ponte entre o ex-presidente e os participantes dos acampamentos que defendiam ações contrárias aos princípios democráticos.

Uma reportagem do site Metrópoles, que foi publicada em novembro do ano passado, apresentou imagens de indivíduos que estavam acampados em frente ao Quartel General do Exército, localizado em Brasília, visitando a residência que anteriormente funcionou como o comitê de campanha da chapa presidencial de Bolsonaro-Braga Netto. Naquela época, o ex-ministro da Defesa estava trabalhando naquele lugar.

De acordo com as investigações, o acampamento em questão é considerado o centro das operações dos ataques ocorridos em 8 de janeiro, quando uma multidão invadiu e vandalizou as instalações dos Três Poderes do governo.

Para verificar o depoimento de Mauro Cid, os investigadores estão atualmente rastreando todas as reuniões que ocorreram entre Jair Bolsonaro, Walter Braga Netto e membros das Forças Armadas no final de 2022. Uma das fontes de informações sendo analisadas são os registros confidenciais da agenda do ex-presidente, que eram mantidos pela Ajudância de Ordens da Presidência. A maioria desses encontros aconteceu no Palácio da Alvorada, onde o ex-chefe do Poder Executivo se manteve em reclusão após a derrota nas urnas para Lula.

Informações provenientes das agendas confidenciais de Jair Bolsonaro, obtidas pelo jornal O GLOBO, indicam que Walter Braga Netto teve encontros com Bolsonaro no Palácio da Alvorada em pelo menos quatro ocasiões distintas. Em 14 de novembro, o general da reserva participou de uma reunião que contou com a presença dos comandantes das Forças Armadas, bem como dos ministros da Defesa na época, Paulo Sérgio Nogueira, e da Justiça, Anderson Torres.

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Rhyan de Meira

Rhyan de Meira é estudante de jornalismo na Universidade Federal Fluminense. Ele está participando de uma pesquisa sobre a ditadura militar, escreve sobre política, economia, é apaixonado por samba e faz a cobertura do carnaval carioca. Instagram: @rhyandemeira

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