Embaixador da Palestina manda a real sobre a guerra com Israel

O Embaixador da Palestina no Reino Unido, Husam Zomlot, afirmou que o governo israelense, liderado pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, estava ciente do conflito em curso na Faixa de Gaza.

Ele argumenta que essa guerra é uma consequência direta de 75 anos de opressão enfrentada pelo povo palestino. Até o momento, mais de 1.500 pessoas perderam suas vidas desde o último final de semana, com aproximadamente 900 mortes em Israel e quase 700 na Faixa de Gaza, localizada na Ásia.

“Não sei [se ataque está relacionado ao aniversário de 50 anos da Guerra do Yom Kippur]. O que eu sei é que era uma questão de ‘quando’, não de ‘se’. Estamos tendo essa conversa porque os israelenses viram o que viram hoje. Mas o meu povo vê isso todos os dias”, disse na CNN.

“Todos os dias, palestinos são visados, mortos, presos, cercados, suas terras são confiscadas, seus locais sagrados são profanados. […] Nosso povo está sendo submetido a um apartheid nos últimos anos, suas terras estão sendo tomadas, e a esperança por uma solução política que garanta seus direitos está se dissipando. É isso que precisamos discutir”, completou.

No último sábado, 7, Israel foi alvo de um ataque de foguetes sem precedentes provenientes da Faixa de Gaza. Segundo informações do exército israelense, o grupo islâmico Hamas lançou mais de 3.000 foguetes em direção a Israel.

Em resposta, as forças israelenses deslocaram tropas para os territórios do sul, com o objetivo de retomar o controle das áreas ocupadas pelas forças palestinas. O governo de Benjamin Netanyahu impôs um “cerco completo” à Faixa de Gaza, incluindo bloqueios de eletricidade, suprimentos de alimentos, água e gás.

O Hamas, uma organização islâmica que existe desde os anos 80, desempenha um papel central nos Territórios Palestinos, incluindo a Faixa de Gaza, desde 2007. Embora seja considerado uma organização terrorista pelos Estados Unidos e o Reino Unido, ele recebe apoio do Irã. O grupo segue a tradição sunita e defende que o califa, líder máximo do Islã, deve ser eleito pelos muçulmanos.

Além disso, o conflito também envolveu o Hezbollah, um grupo libanês de orientação xiita que surgiu durante a ocupação israelense do Sul do Líbano nas décadas de 1980 e 1990. O Hezbollah acredita que o profeta e sucessor legítimo deve ser Ali, genro de Maomé, que foi assassinado.

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