Segundo a coluna do Lauro Jardim, do O GLOBO, a recente escalada de violência nos últimos dias aumentou a pressão para que Lula cumpra uma antiga promessa de campanha e parte de seu plano de governo, que é a reinstauração do Ministério da Segurança Pública.
No final de 2022, quando anunciou Flávio Dino, Lula expressou sua intenção de manter a separação das duas pastas, porém, destacou que sua prioridade inicial era “consertar” o funcionamento do Ministério da Justiça.
Neste momento, a divisão das pastas se deparou com uma situação desafiadora e voltou a ser amplamente apoiada por membros do PT como uma medida imediata para demonstrar à população que o governo está empenhado em combater a criminalidade.
O deputado Jilmar Tatto (PT-SP) é um dos defensores da ideia de separar as duas áreas.
Lula disse a Dino que não pretende separar a pasta
Enquanto uma ala do PT está intensificando seus esforços em favor da separação da Segurança Pública do Ministério da Justiça, o presidente Lula (PT) informou ao ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), e ao diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, que não tem planos de alterar a estrutura do ministério.
A conversa foi relatada à CNN por fontes ligadas ao sistema de Justiça e também confirmada por pessoas próximas ao presidente.
Desde que o nome de Dino começou a ser considerado como uma possível escolha para ocupar a vaga de Rosa Weber no STF, membros do PT têm conduzido uma campanha nos bastidores para pressionar Lula a restabelecer o Ministério da Segurança Pública, que historicamente esteve sob a alçada do Ministério da Justiça.
A pressão do PT começou nos bastidores, mas se intensificou e se tornou uma crise quando membros do partido, incluindo o deputado Jilmar Tatto (SP) e o secretário de Segurança Pública de Diadema, Benedito Mariano, começaram a fazer declarações públicas sobre o assunto. Isso causou irritação no ministro da Justiça.