De acordo com O GLOBO, o governo tem agendada uma reunião de coordenação para esta manhã, que ocorrerá no Itamaraty. O objetivo da reunião é debater a posição do Brasil diante dos conflitos entre Israel e Palestina perante a comunidade internacional, bem como examinar a situação dos cidadãos brasileiros naquela região.
Participarão das discussões o assessor responsável por questões internacionais do Palácio do Planalto, Celso Amorim; o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro; e a ministra interina das Relações Exteriores, Maria Laura da Rocha.
Em um ataque-surpresa que envolveu operações por terra, mar e ar, Israel foi alvo de uma grande ofensiva no sábado, na qual mais de 2.500 foguetes foram lançados e centenas de combatentes palestinos invadiram. Em resposta a esse evento, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, anunciou um estado de conflito com a Palestina.
Neste domingo, está agendada uma reunião de urgência do Conselho de Segurança da ONU, a qual foi convocada pelo Brasil, que atualmente exerce a presidência do órgão neste mês. Espera-se que ocorra alguma declaração ou posicionamento em relação aos ataques perpetrados pelo Hamas e à crescente escalada da violência.
O Conselho de Segurança tem sido alvo de críticas por parte de parte da comunidade internacional devido à sua aparente falta de contribuição efetiva para a promoção da paz. Um exemplo notório disso é a situação na Ucrânia, que continua sem uma solução duradoura.
Conforme estipulado na Carta das Nações Unidas, é fundamental priorizar a busca por soluções diplomáticas antes de recorrer a medidas mais severas, como o uso da força. Além disso, a negociação desempenha um papel crucial, já que qualquer decisão significativa requer a aprovação dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, que têm direito a veto: Estados Unidos, Rússia, França, Reino Unido e China.
O governo brasileiro condenou os ataques, mas também reforçou a defesa da existência de dois estados, tanto de Israel quanto da Palestina. Essa posição foi destacada em várias ocasiões, incluindo notas do Itamaraty e declarações feitas pelo presidente Lula, membros de sua equipe e representantes do PT.
A citação ao estado da Palestina na nota divulgada recentemente pelo Itamaraty e a ausência de menção ao grupo Hamas nas declarações feitas por Lula foram alvo de críticas por parte da oposição. Esses críticos argumentam que o governo brasileiro parece estar buscando uma postura de equidade em uma situação em que deveria simplesmente condenar os ataques de forma mais enfática.