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Estudo revela que a cada R$ 1 milhão gasto pelo BNDES, são criados 10 empregos

A influência do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) no cenário de emprego no Brasil teve uma tendência semelhante à proporção dos recursos concedidos pelo banco em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) durante o período de 2014 a 2020. Essa relação fica evidente por meio de uma análise apresentada no recente relatório […]

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Foto: Agência Brasil

A influência do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) no cenário de emprego no Brasil teve uma tendência semelhante à proporção dos recursos concedidos pelo banco em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) durante o período de 2014 a 2020. Essa relação fica evidente por meio de uma análise apresentada no recente relatório divulgado pela entidade pública vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

Entre os anos de 2014 e 2022, a cada R$ 1 milhão investido pelo BNDES, aproximadamente 10,2 empregos foram gerados. No ano de 2022, especificamente, os gastos do banco estatal de fomento estiveram relacionados a cerca de 1,1 milhão de postos de trabalho.

Conforme indicado no estudo publicado pelo Poder 360, em 2014, o suporte oferecido pelo BNDES estava vinculado a aproximadamente 3% do total de empregos no país. Já em 2020, essa contribuição diminuiu, ficando em torno de 1%. Em relação aos desembolsos do BNDES, em 2014 eles representaram 3,2% do PIB, enquanto em 2020, essa proporção foi reduzida para 0,9%.

O estudo em questão examina a conexão entre os investimentos fixos que foram financiados pelo Banco e os empregos gerados no Brasil. Isso é realizado por meio da aplicação do MEE, que é o Modelo de Estimação de Emprego do BNDES. O MEE é um modelo de análise insumo-produto que utiliza dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para estimar quantos empregos estão relacionados aos investimentos apoiados pelo BNDES. Esses empregos consideram tanto os efeitos diretos quanto os indiretos desses investimentos.

O estudo revela que, ao longo do período examinado, em média, cerca de 59% dos empregos estavam diretamente ligados aos setores que foram afetados pelos investimentos fixos apoiados pela empresa pública (ou seja, empregos diretos), enquanto aproximadamente 41% dos empregos estavam nas cadeias de produção desses mesmos setores (ou seja, empregos indiretos).

O estudo divulgado destaca que “o efeito do apoio do BNDES sobre o emprego não se limita às empresas apoiadas. A utilização do MEE permite que o BNDES tenha estimativas também sobre os empregos envolvidos na cadeia de fornecedores contratada pelas empresas apoiadas para execução dos seus investimentos”.

A versão mais recente do Modelo de Estimação de Emprego (MEE) avalia o impacto dos investimentos fixos não apenas no emprego, mas também na massa salarial e no valor adicionado do país. O estudo enfatiza a possibilidade de aprimorar ainda mais o MEE e incorporar novas variáveis.

Por exemplo, é viável incluir estimativas relacionadas a outras variáveis que possam ser compatíveis com a estrutura do Sistema de Contas Nacionais, como o valor adicionado, impostos, importações, massa salarial e também considerar aspectos ambientais. Isso tornaria o modelo ainda mais abrangente e útil para a análise de políticas públicas e seus efeitos na economia e no meio ambiente.

O BNDES planeja aprimorar a coleta de seus próprios dados, visando obter informações mais detalhadas sobre seus desembolsos.

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Rhyan de Meira

Rhyan de Meira é estudante de jornalismo na Universidade Federal Fluminense. Ele está participando de uma pesquisa sobre a ditadura militar, escreve sobre política, economia, é apaixonado por samba e faz a cobertura do carnaval carioca. Instagram: @rhyandemeira

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