A deputada ultra-bolsonarista Carla Zambelli (PL-SP) se afasta das posições conservadoras da direita quando se trata de questões relacionadas à utilização medicinal da cannabis.
Segundo O GLOBO, a parlamentar, que anteriormente expressou apoio à legalização do cultivo de maconha para uso medicinal, possui diversas imagens de embalagens desses medicamentos em seu dispositivo móvel, de acordo com informações obtidas pela CPI mista dos Atos Golpistas.
Quebra de sigilo
Em agosto, membros da CPMI do 8 de janeiro aprovaram um total de 57 pedidos, incluindo, a autorização para a quebra do sigilo telefônico e de comunicações eletrônicas da deputada Carla Zambelli (PL-SP).
A decisão de autorizar a quebra de sigilo da parlamentar foram baseadas nas informações fornecidas pelo hacker Walter Delgatti Neto durante seu depoimento à CPMI em 17 de agosto.
Em seu depoimento à Polícia Federal (PF) em 16 de agosto, o hacker Walter Delgatti afirmou que recebeu aproximadamente R$ 40 mil para realizar invasões em sistemas do Poder Judiciário. De acordo com suas declarações, esse montante teria sido pago pela deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) no ano de 2022.
Delgatti foi detido no final de julho em uma operação conduzida pela Polícia Federal, que estava investigando a suposta tentativa de invasão dos sistemas do Poder Judiciário. Durante esse período, veio à tona a informação de que a deputada Zambelli o havia apresentado ao ex-presidente Jair Bolsonaro com a intenção de obter informações sobre a segurança das urnas eletrônicas. No entanto, Delgatti afirmou que não conseguiu efetuar a invasão no sistema.
O hacker, famoso pelo caso da ‘Vaza-Jato’, é suspeito de ter inserido um mandado de prisão falso contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no site do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).