Palestinos culpam Israel pelos ataques

Foto: MAHMUD HAMS / AFP

O Ministério Palestino das Relações Exteriores declarou que a crise ocorrida neste sábado (7) é “consequência de 75 anos de sofrimento e deslocamento do povo palestino diante do olhar silencioso da comunidade internacional”.

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Em um comunicado, o Ministério Palestino das Relações Exteriores condenou a política de dois pesos e duas medidas e “o silêncio da comunidade internacional em relação às práticas criminosas e racistas das forças de ocupação israelitas”.

Na nota, o ministério sublinhou: “a injustiça a que o nosso povo está sujeito é também a causa da atual onda de violência e da falta de paz e segurança na região”.

O Ministério questionou a decisão de Israel de desconsiderar e infringir os acordos previamente firmados e as diversas resoluções do Conselho de Segurança da ONU relacionadas a essa questão.

“A paz exige justiça, liberdade e independência para o nosso povo, bem como o regresso dos refugiados e a criação de um Estado independente com Jerusalém Oriental como capital”, diz a nota. 

“Alertamos repetidamente para as consequências da falta de negociações, das contínuas provocações por parte dos colonos e soldados israelitas, e da impossibilidade do povo palestiniano exercer o seu legítimo direito à autodeterminação”, enfatizou o ministério.

Algumas horas antes, o presidente da Palestina, Mahmoud Abbas, declarou que o povo palestino possui o legítimo direito de se proteger contra as contínuas ações criminosas perpetradas pelas forças de segurança e pelos colonos da nação vizinha.

De acordo com informações do Ministério da Saúde, pelo menos 40 cidadãos israelenses perderam suas vidas e mais de 740 ficaram feridos. Enquanto isso, do lado palestino, também há um grande número de vítimas, tanto em confrontos armados quanto devido aos bombardeios aéreos na Faixa de Gaza, onde reside uma população de mais de dois milhões de pessoas.

O caso

O movimento islâmico palestino Hamas lançou o maior ataque contra Israel em anos no sábado, em um ataque surpresa que combinou atiradores cruzando a fronteira com um pesado bombardeio de foguetes disparados da Faixa de Gaza.

Rhyan de Meira: Rhyan de Meira é estudante de jornalismo na Universidade Federal Fluminense. Ele está participando de uma pesquisa sobre a ditadura militar, escreve sobre política, economia, é apaixonado por samba e faz a cobertura do carnaval carioca. Instagram: @rhyandemeira
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