As CPIs em questão foram a do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e a da Funai e do Incra. Em ambas, os parlamentares da extrema direita tentaram criar um clima de confronto com as lideranças dos movimentos sociais e indígenas, mas não obtiveram sucesso.
A CPI do MST foi convocada para investigar supostos crimes cometidos pelo movimento, mas acabou se transformando em um palco para discursos políticos. Já a CPI da Funai e do Incra tinha como objetivo investigar supostas irregularidades nos processos de demarcação de terras indígenas, mas acabou sendo boicotada por diversas lideranças indígenas.
Segundo João Pedro Stedile, da direção nacional do MST, os parlamentares da extrema direita não conseguiram atrair nem mesmo os ruralistas para a CPI do MST. “Eles perceberam que era apenas uma palhaçada”, afirmou Stedile.
Assista à fala do líder sem-terra:
A tentativa da extrema direita de usar as CPIs como palanque mostra que esses grupos estão cada vez mais desesperados em sua busca por espaço político. No entanto, a derrota nas duas CPIs mostra que a sociedade brasileira não está disposta a aceitar discursos de ódio e intolerância.