Sintonia entre grupos políticos de Fortaleza antecipa cenário para eleições municipais de 2024
Márcio Martins propõe “união” contra o PT, refletindo tensões internas do PDT originadas nas eleições de 2022
Uma crescente sintonia vem sendo observada entre os grupos políticos ligados a José Sarto (PDT), prefeito de Fortaleza, e Capitão Wagner (União), um dos principais nomes da direita cearense.
Fontes do Cafezinho confirmam que a prefeitura fez uma “limpa” de nomes de esquerda, sobretudo aqueles com algum vínculo com o PT e passou a preencher essas vagas com pessoas ligadas à direita e até mesmo ao bolsonarismo local.
Essa cooperação agora ficou mais evidente quando Márcio Martins (SD), antes líder da oposição na Câmara de Vereadores de Fortaleza, propôs um alinhamento dos grupos para possivelmente enfrentar o PT no segundo turno das eleições municipais de 2024. Membros próximos a Sarto reagiram positivamente, chegando até a convidar Martins para se filiar ao PDT.
Embora Márcio Martins tenha esclarecido que não vê a possibilidade de uma “candidatura única” entre os diferentes grupos, ele sugeriu um “pacto de não agressão”. A ideia é que esses grupos tratem o PT como o adversário principal. A proposta foi bem recebida pelos líderes de Sarto na Câmara de Vereadores de Fortaleza, mas gerou críticas de Júlio Brizzi (PDT), um aliado do senador Cid Gomes (PDT-CE) que agora está na oposição a Sarto.
Esta proposta de união ganha ainda mais peso considerando as tensões dentro do PDT no Ceará. Essas tensões têm suas raízes nas eleições de 2022, quando a campanha nacional de Ciro Gomes resultou em uma ruptura com o PT cearense, quebrando uma aliança que durava mais de duas décadas.
O PSB, presidido por Eudoro Santana, pai de Camilo Santana, expressou sua solidariedade a Cid Gomes, indicando que o partido está de “portas abertas” para acolher o senador e seus aliados após sua destituição do comando do PDT no Ceará.
O artigo acima trouxe informações da coluna de Carlos Mazza, do jornal O POVO.