Na semana passada, fontes na Secretaria de Relações Institucionais (SRI), hoje comandada por Alexandre Padilha (PT), adiantaram à coluna que as ameaças de obstrução de setores do centrão ao lado da oposição não mudariam o planejamento da pasta, também revelado com exclusividade por esta coluna.
Na semana passada, assessores e parlamentares da base também relataram que não receberam qualquer orientação sobre a “crise” que se apresentava. E tudo isso ainda com o bônus de vazamentos de áudios de parlamentares petistas criticando ministros petistas na imprensa.
Acontece que a tranquilidade do SRI diante de todo aquele cenário se provou correta. Hoje, a “bancada da obstrução” não passa de 40 parlamentares que, juntos, não possuem força sequer para emplacar um Projeto de Lei ou algo do tipo. Tanto é que uma das prioridades do governo, a taxação das offshores, está em vias de ser votada na Câmara.
Parece que a estratégia de aliar interesses econômicos com pautas ideológicas não foi tão efetiva. Não por menos, parlamentares já estudam formas de esvaziar os poderes do Executivo tomando ainda mais controle sobre as famigeradas emendas.
Parece que o conselho de Lula sobre não se assustar com a política vem rendendo bons frutos, já que a articulação política do governo não gastou recursos nem tempo com algo meramente artificial.