Segundo O GLOBO, membros do Partido Liberal (PL) e auxiliares próximos de Jair Bolsonaro declaram que, atualmente, a probabilidade de o General da Reserva Walter Braga Netto se lançar como candidato à prefeitura do Rio de Janeiro é nula.
Isso se deve ao fato de que o General demonstrou que apenas aceitaria a candidatura se o ex-presidente o encarregasse dessa “missão”, o que até o momento não ocorreu.
Bolsonaro expressou a aliados uma preocupação de que as atividades políticas de Braga Netto possam resultar em mais investigações conduzidas pela Polícia Federal.
O ex-presidente e seu círculo estão em alerta com a possível delação de Mauro Cid. Conforme relatado anteriormente, o tenente-coronel fez revelações sobre diversas reuniões ocorridas no Palácio do Alvorada após a derrota de Bolsonaro.
Nesses encontros, Walter Braga Netto, que foi candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro, ocupava a posição mais próxima do então presidente.
Quando questionado se esteve presente em uma reunião na qual Jair Bolsonaro debateu uma possível minuta de golpe com a cúpula militar, Braga Netto negou seu envolvimento. O ex-ministro argumenta que suas visitas frequentes ao ex-presidente no Palácio do Alvorada se davam devido a uma infecção que Bolsonaro havia contraído na perna.
O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, continua advogando em favor do general da reserva como a melhor opção para a disputa na cidade do Rio de Janeiro. Entretanto, Valdemar reconhece que Bolsonaro ainda não solicitou oficialmente que Braga Netto seja o candidato do partido contra o prefeito Eduardo Paes (PSD).
No mês passado, o ex-ministro foi alvo de uma investigação da Polícia Federal e teve a quebra do sigilo de seu telefone. A operação está relacionada à compra de coletes à prova de bala, que ocorreu com sobrepreço durante o período em que o Gabinete de Intervenção Federal estava ativo no Rio de Janeiro, em 2018. Naquela época, Walter Braga Netto ocupava o cargo de interventor na área de Segurança Pública. O General interpretou essa ação como uma tentativa de minar seu capital político.