A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) sobre o 8 de janeiro chegou em sua reta final, focando agora na elaboração de um relatório final. A coluna conversou com exclusividade com a senadora Eliziane Gama (PSD), relatora do colegiado, que fez um balanço positivo dos trabalhos.
Segundo a senadora, as informações em poder da CPMI, compostas de dados sigilosos ou não, compartilhamento de relatórios e as oitivas realizadas já trazem subsídios robustos e suficientes para a construção de um relatório final bem consolidado.
Além disso, a senadora afirmou que a CPMI exerceu com altivez seu papel de buscar apurar os atos do 8 de janeiro bem como os eventos anteriores de caráter golpista e que tentaram minar a democracia no país. “É fato que algumas ações pontuais de membros e não membros do colegiado tentaram criar cortina de fumaça para tentar descredibilizar os trabalhos, mas narrativa não supera fatos e atos”, disse.
A senadora já vem afirmando em entrevistas recentes que o relatório será um documento histórico, que servirá para mostrar ao mundo o que aconteceu no Brasil em 2023.
A base governista também tem grandes expectativas de que o relatório mencione a participação de militares nos atos do 8 de janeiro, seja na autoria intelectual, seja na atuação no dia. A senadora Eliziane Gama afirmou que o relatório será robusto e servirá como base para investigações que ocorrem no Supremo Tribunal Federal (STF) e também na Polícia Federal sendo um importante instrumento para a Justiça, que poderá utilizá-lo para investigar e punir os responsáveis pelos atos do 8 de janeiro.
Além disso, a coluna revelou que parlamentares da base irão defender a inclusão de uma menção ao envolvimento dos militares chamados “Kids Pretos” e também a PEC AntiGolpe, proposta pelo deputado Carlos Zarattini (PT).
O relatório deve ser apresentado no dia 17 de outubro e votado no dia 18.