A deputada federal Dandara (PT-MG) enviou um documento oficial à Advocacia-Geral da União (AGU) solicitando que o órgão tome medidas para recuperar os fundos públicos investidos na live com embaixadores realizada por Jair Bolsonaro em julho de 2022.
Esse evento ficou marcado por questionamentos públicos sobre a integridade das urnas eletrônicas e, mais recentemente, levou à declaração de inelegibilidade de Bolsonaro pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em junho, decisão que foi reforçada na semana passada quando os ministros do TSE rejeitaram um recurso apresentado pelo ex-presidente.
No entanto, a equipe de defesa de Bolsonaro informou ao TSE em abril que a transmissão ao vivo teria custado R$ 12 mil. É importante observar que o valor total a ser reembolsado pode ser mais elevado, uma vez que, além das despesas, o tempo de exposição na TV Brasil, que foi de 47 minutos, pode ser considerado no cálculo do montante a ser restituído aos cofres públicos.
Dandara fez uma solicitação para que o Tribunal de Contas da União (TCU) compartilhe com a AGU a estimativa de custos associados à iniciativa de Jair Bolsonaro. Além disso, ela também pediu que o TSE seja consultado quanto aos possíveis recursos financeiros envolvidos no julgamento desse assunto.
A intenção de Dandara é que, após a quantificação dos danos, Jair Bolsonaro seja demandado pela AGU por meio de uma ação judicial para reembolsar a União. Em julho, o Ministério Público junto ao TCU, com a representação do subprocurador Lucas Rocha Furtado, já começou a tomar medidas semelhantes nessa direção.