O secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), Ricardo Cappelli, está em franca campanha para suceder Flávio Dino na chefia da pasta caso o ministro seja de fato indicado para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF).
Em sua empreitada, durante o último final de semana, o secretário entrou numa micro polêmica das redes ao bloquear jornalistas e pesquisadores negros que criticaram um tweet seu dizendo que “Não se enfrenta o crime organizado com fuzil de rosas”.
Na avaliação de pessoas importantes no Palácio do Planalto, Cappelli deu um “tiro no pé” ao bloquear críticos. Além disso, essas mesmas fontes afirmam que “Cappelli foi metendo os pés pelas mãos ao tentar se cacifar para suceder Dino”.
Outra fonte palaciana descreveu a situação como “briga de foice pela sucessão do Dino”.
Como revelado anteriormente pela coluna, foi este tipo de atitude que acabou queimando o nome do deputado mineiro Reginaldo Lopes (PT) que, ao se projetar para diversas pastas, acabou colhendo a ojeriza do próprio presidente, que hoje se refere a ele apenas como “aquele lá”.
Além disso, já não é mais segredo para ninguém que estaria ocorrendo uma disputa interna para a sucessão do ministro. Os concorrentes de Cappelli seriam Jorge Messias, atual advogado-geral da União, e Augusto de Arruda Botelho, atual Secretário Nacional de Justiça do MJSP.
Procurado, Augusto de Arruda Botelho declarou à coluna:
“Sou Secretário Nacional de Justiça e Flávio Dino é o Ministro da Justiça e Segurança Pública. Estou muito feliz no cargo que ocupo. Não existe da minha parte qualquer articulação, conversa, negociação ou algo do tipo sobre outro cargo no Governo Federal”.
Vale ressaltar que Lula ainda não revelou quem será o nome indicado por ele ao STF e que, embora Dino também já esteja em campanha para chegar ao STF, ainda não há nada que confirme de maneira absoluta que seu nome será o escolhido.