Vereador propõe aliança entre Sarto, Bolsonaro e Wagner para enfrentar PT em Fortaleza no 2º turno
O vereador Márcio Martins (Pros) discutiu a recente disputa entre Cid Gomes (PDT) e André Figueiredo (PDT) pelo controle do PDT no Ceará. Segundo Martins, essa discordância interna poderia ser uma manobra para prevenir uma coalizão entre os grupos de José Sarto (PDT), Capitão Wagner (União) e um eventual candidato do PL na eleição de 2024.
“O recado que o senador Cid está dando é mais ou menos assim: ‘Tem que vir obrigatoriamente, nem que seja no cabresto, todo mundo para votar no PT. Para se juntar com essas outras candidaturas’. Sabe por que isso? Porque o Cid sabe que se houver o contrário, o mínimo de alinhamento entre essas três candidaturas, se essas candidaturas eventualmente estejam juntas no segundo turno, o PT não leva essa”, afirmou Martins.
Martins acredita que as eleições de 2024 em Fortaleza serão dominadas por três principais blocos: José Sarto – “que, embora desgastado, está aí entregando obras todo dia” –, Capitão Wagner – “que tem esse recall” – e um candidato apoiado por Jair Bolsonaro (PL), atualmente disputado por André Fernandes (PL), Carmelo Neto (PL) e Priscila Costa (PL).
“Com esse bloco junto a parada é dura para o PT. Não é mole não. E esse bloco juntos é quem tem voto na cidade de Fortaleza”, ressaltou Martins. Ele sugere também um “pacto de não agressão” entre candidaturas opositoras ao PT no 1º turno.
“Não estou propondo candidatura única aqui não, isso é utópico, mas tem que fazer o que o PT faz muito bem. Parte no primeiro turno, já de forma estratégica, deixando claro que não se batam, não se maltratem, se respeitem o mínimo”, explicou o vereador.
Elcio Batista, vice do prefeito Sarto, recém filiado ao PSDB, também vem fazendo movimentos de aproximação com setores da extrema-direita, incluindo com sua liderança mais forte no estado, o Capitão Wagner. Esta semana, Batista publicou uma foto com Wagner em suas redes sociais, e falou em “integração de políticas públicas”.