O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), adotou um modus operandi que já era esperado diante da greve-geral aprovada pelos trabalhadores da Sabesp, Metrô e CPTM. Como se sabe, a paralisação dos trabalhadores é contra o desmonte privatista dos serviços públicos.
Na sua tentativa desesperada de descredibilizar o movimento legítimo, Tarcísio diz que a greve é liderada por “sindicalistas” que estariam agindo por “interesses ideológicos”.
Ora, o governador fala como se não houvessem interesses em jogo, como se a greve não tivesse por essência um lado na história, como se os trabalhadores fossem “neutros” e que por isso são vetados do direito da mobilização.
Nem você, governador Tarcísio, é um agente neutro, quanto mais os trabalhadores. O senhor, como chefe do estado paulista, carrega e representa um projeto privatista com a extrema-direita vindo a reboque. Sendo assim, se o senhor ganhou legitimidade para defender esse projeto na cadeira de governador, não deboche de uma classe que está somente defendendo seus interesses. Enfim, segue a narrativa de Tarcísio contra a mobilização:
“É lamentável que a população de São Paulo acorde mais uma vez refém de sindicatos que manobram os trabalhadores do transporte público estritamente por interesses políticos e ideológicos. Uma greve ilegal e abusiva, na qual nem mesmo a decisão da Justiça é respeitada e que tem como real objetivo promover o caos e atrapalhar a vida de quem realmente quer trabalhar por nosso Estado”.