Na tarde desta última segunda-feira (2), Alexandre de Moraes decidiu manter a detenção preventiva de Roberto Jefferson, recusando o requerimento da defesa do ex-deputado para que a prisão fosse substituída por prisão domiciliar.
Os advogados argumentaram que o líder do PTB necessita de serviços de fisioterapia e acompanhamento nutricional, e com base em um relatório do Hospital Samaritano, afirmaram que ele possui condições de receber alta para continuar o tratamento em sua residência.
Na decisão, Moraes disse que “todas as questões relativas ao quadro clínico de saúde do requerente estão sendo devidamente analisadas”.
O ministro Alexandre de Moraes concordou com a recomendação da sub-Procuradora-Geral da República, Lindôra Araújo, de manter a prisão preventiva. Lindôra argumentou que Roberto Jefferson violou reiteradamente medidas cautelares e acumulou um “arsenal bélico” em sua residência.
Em 23 de outubro do ano passado, uma semana antes do segundo turno das eleições presidenciais, na qual seu aliado Jair Bolsonaro, do PL, concorria com Lula, do PT, o ex-deputado Roberto Jefferson foi alvo de uma operação policial. Agentes federais executaram a prisão dele em sua residência em Comendador Levy Gasparian (RJ), e durante a ação, foram efetuados disparos de fuzil e utilizadas granadas.
Roberto Jefferson enfrentará um julgamento em júri popular, acusado de tentativa de homicídio contra quatro policiais federais.