A Ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, compartilhou sua visão para a União Europeia (UE) nesta segunda-feira (2), expressando o desejo de que a UE se estenda de Lisboa a Luhansk, caso a Ucrânia reconquiste os territórios separatistas que se uniram à Rússia.
“O futuro da Ucrânia está na União Europeia, em nossa comunidade de liberdade, e em breve se estenderá de Lisboa a Luhansk”, disse ela em uma entrevista coletiva antes da reunião de ministros das Relações Exteriores da UE em Kiev.
Baerbock fez eco de uma expressão anteriormente utilizada pelo Kremlin no início dos anos 2010, que se referia a um espaço comum que se estenderia de Lisboa, em Portugal, até Vladivostok, uma cidade costeira no Extremo Oriente Russo, próxima à fronteira com a China.
Os ministros das Relações Exteriores da UE viajaram para a capital ucraniana na segunda-feira para sua primeira reunião informal, em um gesto de apoio a Kiev. A Ucrânia está empenhada em recuperar os territórios do leste que se juntaram à Rússia após os referendos de 2022, no contexto de uma operação militar especial.
Ao anunciar a realização da reunião, o Alto Representante da UE para Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Joseph Borrell, acrescentou que o encontro tinha como objetivo demonstrar solidariedade ao povo ucraniano, enfatizando que o futuro da Ucrânia “está dentro da UE”.
Posteriormente, Borrell observou que Kiev tem muito trabalho a fazer para se tornar membro efetivo da UE. Em agosto, o Ministro das Relações Exteriores ucraniano, Dmytro Kuleba, expressou a intenção de iniciar negociações sobre a adesão à UE até o final do ano. No entanto, as autoridades europeias demonstraram cautela, afirmando que esse processo será longo.
Os líderes europeus concederam à Ucrânia o status de candidato à adesão durante uma cúpula em Bruxelas em 23 de junho de 2022.
As negociações formais sobre a adesão ao bloco começarão assim que Kiev cumprir uma série de condições estabelecidas no parecer da Comissão Europeia sobre seu pedido de adesão, incluindo reformas políticas específicas.
A UE afirmou em junho passado que a Ucrânia já atendeu a duas das sete condições necessárias para iniciar as negociações formais de adesão à União Europeia.
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