A oitiva de hoje na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) sobre o 8 de janeiro foi a última do colegiado que agora se prepara para a elaboração do relatório final que será elaborado pela senadora Eliziane Gama (PSD), relatora do colegiado.
Com isso o general Braga Netto (PL) conseguiu mais uma vez fugir de prestar esclarecimentos para a sociedade brasileira a cerca da sua atuação no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Mesmo sendo o ponto central na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) e agora, na CPMI, o general não se sentou na cadeira dos depoentes.
Perde a democracia que segue passando a mensagem errada de que haveria uma inimputabilidade de membros das forças armadas ou pior! De que eles estariam isentos de prestarem contas para a sociedade civil a quem, por ordenamento Constitucional, servem.
Segundo o deputado Rogério Correia (PT), disse com exclusividade para a coluna que o importante agora, para a base governista, é o relatório, já que na sua avaliação, a oposição não queria que houvesse um relatório, assim como foram com as demais Comissões no Congresso Nacional.
Por isso, embora o deputado Arthur Maia (UNIÃO), presidente do colegiado, tenha dado um cavalo de pau, “o fundamental é que está marcada a votação do relatório relatório, vai ser lido dia 17, votado dia 18”.
O deputado ainda afirma que o relatório é “um aval político que nós vamos enviar para o supremo [STF], para as forças de apuração, tribunal de contas da união, para continuar a investigação e punir os golpistas”.
Resta saber também qual será o papel das forças armadas no relatório da senadora e se finalmente o Congresso Nacional deixará de ser um mero observador do descalabro que sempre foi as relações entre os poderes da República e as forças armadas.