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Bolsonaro, Michelle e assessores receberam mais de R$870 mil do fundo partidário em 2023

O Partido Liberal (PL) desembolsou no mínimo R$ 870 mil, em apenas seis meses, destinados aos salários de Jair Bolsonaro, ex-presidente; Michelle Bolsonaro, ex-primeira-dama; Walter Braga Netto, ex-ministro; e outras dez pessoas associadas a eles. Bolsonaro, Michelle e cinco colaboradores que desempenharam funções diretas na Presidência da República receberam um total de R$ 353 mil […]

2 comentários
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Imagem: Agência Brasil

O Partido Liberal (PL) desembolsou no mínimo R$ 870 mil, em apenas seis meses, destinados aos salários de Jair Bolsonaro, ex-presidente; Michelle Bolsonaro, ex-primeira-dama; Walter Braga Netto, ex-ministro; e outras dez pessoas associadas a eles.

Bolsonaro, Michelle e cinco colaboradores que desempenharam funções diretas na Presidência da República receberam um total de R$ 353 mil líquidos (ou seja, após os descontos) de janeiro a junho. Esses valores foram financiados pelo Fundo Partidário, que consiste em recursos públicos destinados a cobrir as despesas operacionais dos partidos políticos e, em anos de eleições, financiar campanhas eleitorais.

Os rendimentos variaram de R$ 30,4 mil, que foi a remuneração de Bolsonaro e Michelle, a R$ 7.800. O ex-presidente recebeu esses montantes nos meses de maio e junho, enquanto a esposa recebeu esses valores entre março e junho. Até o presente momento, o Partido Liberal (PL) não divulgou informações sobre os pagamentos realizados a eles no segundo semestre.

Enquanto isso, Braga Netto, que foi o vice-presidente na chapa de Bolsonaro na última eleição, e cinco colaboradores próximos do general receberam um total de R$ 416 mil durante o primeiro semestre. Eles desempenharam suas funções junto a Braga Netto nos ministérios da Defesa e da Casa Civil, na maioria dos casos trabalhando diretamente em seu gabinete pessoal.

Na lista de beneficiários também se encontra o tesoureiro da campanha de Bolsonaro e Braga Netto em 2022, o coronel da reserva Marcelo Lopes de Azevedo, que recebeu um total de R$ 101 mil em salários.

Bolsonaro foi nomeado como presidente de honra do PL por Valdemar da Costa Neto, o líder nacional do partido, enquanto Michelle assumiu a liderança do PL Mulher, uma entidade que gerencia aproximadamente R$ 10,6 milhões anualmente. Isso representa 5% dos recursos do Fundo Partidário alocados para o PL.

Braga Netto foi designado para ocupar o cargo de secretário nacional de Relações Institucionais.

Na negociação dos cargos, os três receberam o compromisso de Valdemar de receberem remunerações equivalentes a cargos públicos: o salário de Bolsonaro equivale ao dos ministros do STF, enquanto Braga Netto e Michelle acordaram receber o mesmo valor pago aos deputados federais.

Além do pagamento que Bolsonaro recebe do PL, ele também acumula aposentadorias como capitão do Exército da reserva e deputado federal, totalizando R$ 34 mil mensais em valores líquidos.

Os gastos mencionados não são ilegais, mas é importante observar que o uso de recursos do Fundo Partidário para pagar assessores pessoais contradiz ao que Bolsonaro expressou anteriormente. Em 2020, ele chegou a apoiar a campanha “não vote em quem usa o fundão (eleitoral)”, que se opunha ao financiamento público de campanhas políticas distribuído aos partidos em anos de eleições gerais ou municipais.

O Fundo Partidário é um mecanismo de financiamento que consiste em recursos públicos destinados a sustentar as atividades dos partidos políticos. Esse fundo inclui, além de outras fontes, valores provenientes de multas aplicadas às legendas. No primeiro semestre deste ano, foi distribuído um total de R$ 501,4 milhões desse fundo para os partidos.

Com informações do Uol.

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Rhyan de Meira

Rhyan de Meira é estudante de jornalismo na Universidade Federal Fluminense. Ele está participando de uma pesquisa sobre a ditadura militar, escreve sobre política, economia, é apaixonado por samba e faz a cobertura do carnaval carioca. Instagram: @rhyandemeira

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Comentários

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Paulo Werneck

04/10/2023 - 14h28

Como verba pública destinada a partidos políticos pode ser destinada a pessoa com direitos políticos suspensos?

Fanta

03/10/2023 - 12h50

“Os gastos mencionados não são ilegais, mas é importante observar que o uso de recursos do Fundo Partidário para pagar assessores pessoais contradiz ao que Bolsonaro expressou anteriormente.

Em 2020, ele chegou a apoiar a campanha “não vote em quem usa o fundão (eleitoral)”, que se opunha ao financiamento público de campanhas políticas distribuído aos partidos em anos de eleições gerais ou municipais.”

Fundo eleitoral e fundo partidario sao 2 coisas distintas…o autor deste texto tem problemas de compreensao de texto ou é somente um pseudo-expertalhao (= imbecil) ?


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