Paula Coradi é eleita presidenta do PSOL com 67% dos votos

Twitter Juliano Medeiros.

O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) tem uma nova liderança. Paula Coradi foi eleita a presidenta nacional do partido no 8º Congresso Nacional, realizado em Brasília. Ela recebeu 67% dos votos dos 451 delegados e delegadas presentes, assumindo o cargo até 2026.

Paula Coradi sucede Juliano Medeiros, que presidiu o PSOL de 2017 a 2023. A eleição de Coradi marca o fim de um processo congressual que começou em julho, envolvendo plenárias municipais com a participação de mais de 53 mil membros do partido.

Quem é Paula Coradi?

Nascida em Vila Velha, Espírito Santo, Paula Coradi tem 38 anos e é professora licenciada da Rede Estadual de Ensino do Espírito Santo. Ela iniciou sua trajetória política na Universidade Federal do Espírito Santo, onde se formou em História.

Coradi já ocupou cargos de liderança no PSOL em níveis municipal e estadual antes de fazer parte da Executiva Nacional do partido em 2017. Como Secretária de Movimentos Sociais, ela desempenhou um papel crucial na aproximação do partido com organizações populares.

Ela também teve participações significativas em campanhas eleitorais, incluindo a coordenação da campanha presidencial de Guilherme Boulos em 2018 e sua campanha para a Prefeitura de São Paulo em 2020.

Novos rumos para o PSOL

Além da eleição de Paula Coradi, o 8º Congresso Nacional do PSOL também aprovou resoluções sobre a conjuntura nacional e internacional, as eleições de 2024 e a organização do partido.

Paula Coradi expressou seu compromisso com a ampliação da base social do PSOL e o fortalecimento dos laços com movimentos sociais. “Sou fruto de um processo coletivo. O PSOL incentiva a participação das mulheres nas instâncias partidárias, o que resulta em um número expressivo de parlamentares mulheres. Agora, o foco é estreitar ainda mais os laços com os movimentos sociais para chegarmos fortalecidos às eleições de 2024”, afirmou.

Com a eleição de Paula Coradi, o PSOL sinaliza uma nova fase de seu desenvolvimento político, marcada por uma liderança feminina forte e comprometida com a expansão e fortalecimento do partido.

Mais pontos aprovados no congresso do PSOL:

PSOL define estratégias eleitorais e políticas no 8º Congresso Nacional

O 8º Congresso Nacional do PSOL, realizado neste sábado, delineou as táticas eleitorais do partido para as eleições municipais de 2024. O foco é a formação de alianças com partidos de esquerda e centro-esquerda para combater o bolsonarismo. “A unidade das esquerdas, já eficaz nas eleições de 2022, continua relevante”, afirmam os líderes do partido.

O texto aprovado destaca o papel do PSOL em promover uma agenda de ampliação de direitos, valorização dos servidores municipais, defesa da democracia e combate ao neoliberalismo. Também ressalta a importância de preparar as cidades para enfrentar desastres climáticos e incentivar a participação popular.

Projetos Futuros e Resoluções

O Diretório Nacional, em parceria com a Fundação Lauro Campos-Marielle Franco, lançará em 2024 uma nova edição do projeto “Direito ao Futuro” para orientar os diretórios municipais. Além disso, o partido reforça a luta contra a extrema-direita como um de seus pilares, celebrando o apoio contínuo ao governo Lula e a manutenção de sua autonomia e programa.

O documento também destaca a necessidade de combater agendas neoliberais e apoiar políticas sociais, investimento público e proteção ambiental. O PSOL defende a prisão de Bolsonaro e seus aliados por tentativas de golpe e ressalta a importância da diversidade nos espaços de poder.

Visão Internacional

O congresso também aprovou uma resolução sobre a conjuntura internacional, reiterando o compromisso do partido com a luta global contra a extrema-direita e o neoliberalismo. A resolução enfatiza a importância da colaboração entre partidos e movimentos socialistas para atualizar a agenda das esquerdas em nível global e fortalecer a integração latino-americana.

O PSOL celebra o crescimento de alternativas de esquerda na América Latina e apoia iniciativas de governos populares na região. A resolução defende ainda a autodeterminação dos povos e apoia ativamente as lutas de nacionalidades como os palestinos, curdos e saharauís.

“Projetos como a Frente Ampla no Chile e o Pacto Histórico na Colômbia oferecem novas perspectivas para enfrentar a extrema-direita e a crise climática, além de avançar no feminismo e nos direitos humanos”, conclui o documento.

Com essas resoluções, o PSOL busca não apenas fortalecer sua posição no cenário político brasileiro, mas também contribuir para uma agenda progressista em escala global.

LEIA NA ÍNTEGRA: RESOLUÇÃO APROVADA NO 8º CONGRESSO NACIONAL DO PSOL SOBRE AS ELEIÇÕES 2024: “GOVERNAR COM O POVO PARA TRANSFORMAR AS CIDADES E ENFRENTAR A EXTREMA DIREITA”

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