Neste domingo, 1, a jornalista Hildegard Angel expressou durante entrevista ao 247 sua tristeza diante da colaboração entre os procuradores da Lava Jato de Curitiba e membros da mídia que se uniram para atacar o presidente Lula (PT).
Uma reportagem do Conjur, divulgada no sábado (30), revelou conversas entre os procuradores que discutiam estratégias de comunicação envolvendo jornalistas como Míriam Leitão, Josias de Souza e Vladimir Neto, bem como o Jornal Nacional da TV Globo.
Ela censurou o comportamento dos “jornalistas de programa” que, em sua opinião, comprometeram sua integridade em prol da Lava Jato.
“A Míriam é uma boa jornalista, não vou dizer que não seja, muito bem articulada, que vende muito bem o seu produto, mas no jornalismo a gente não está aí para vender produto nem para ser paga por um produto. A gente está no jornalismo para informar – e se possível a verdade – e se esforçar para informar corretamente”, esclareceu Hildegard.
“O problema é que os donos da imprensa não querem assim. E os profissionais da imprensa não se insurgem contra os donos da imprensa, porque se houvesse uma postura séria, rigorosa, dura da classe como um todo, eles não seriam tão desfrutáveis e os donos da imprensa nos respeitariam mais”, prosseguiu.
“Nós viramos jornalistas de programa, não nós, mas a classe jornalística tem sido chamada de jornalismo de programa. Que isso? Para servir a que interesses? Tem que servir ao interesse dos fatos, da verdade, da democracia”, finaliza.
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