Na sexta-feira, 29 de setembro, ocorreu um atentado suicida próximo a uma mesquita na cidade de Mastung, no Paquistão, resultando em uma trágica perda de pelo menos 52 vidas e deixando mais de uma centena de pessoas feridas. Este ataque aconteceu durante uma cerimônia em honra ao nascimento do profeta Maomé.
Inicialmente, as autoridades locais relataram cerca de 30 mortes, mas relatórios mais recentes da agência Reuters apontam para um saldo de pelo menos 52 mortos e mais de 130 feridos. Em resposta a essa terrível tragédia, foi decretado estado de emergência na província de Baluchistão.
Até o momento, nenhum grupo assumiu a responsabilidade pelo ataque. Esse incidente ocorre em meio a um aumento de atentados perpetrados por grupos militantes no oeste do país, o que ocorre antes das eleições nacionais previstas para janeiro de 2024.
O inspetor-geral da polícia local, Munir Ahmed, relatou à Reuters que o agressor detonou o explosivo que transportava próximo ao veículo do vice-intendente da polícia. No momento do ataque, várias pessoas estavam reunidas na mesquita para uma procissão religiosa.
Mohammad Javed Lehri, da polícia de Mastung, confirmou que entre as vítimas fatais estava um oficial de alta patente da polícia que estava em serviço e acompanhava a procissão religiosa. Este ato foi descrito como “atroz”.
O primeiro-ministro interino do Paquistão, Anwar-ul-Haq Kakar, condenou veementemente o atentado e expressou suas condolências às famílias das vítimas em um comunicado emitido por seu gabinete. O ministro do Interior, Sarfraz Bugti, também reagiu, classificando o ataque como “extremamente cruel”.
Nos últimos anos, o Paquistão tem sido alvo de diversos ataques de grupos islâmicos, especialmente após o término do cessar-fogo entre o governo e o Tehreek-e-Taliban Pakistan (TTP), uma coalizão de grupos islâmicos sunitas. Em julho deste ano, mais de 40 pessoas perderam a vida em um ataque suicida na província de Khyber Pakhtunkhwa, no noroeste do país, durante uma reunião de um partido político religioso.