- Investigação sobre grupo “invisível” e “kids pretos”: general da reserva Ridauto Lúcio Fernandes é alvo de operação.
- Ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde até o fim do governo Bolsonaro, o general é suspeito de envolvimento em atos subversivos e teve itens pessoais confiscados.
O general da reserva Ridauto Lúcio Fernandes, que atuou como diretor de Logística do Ministério da Saúde até o último dia do governo de Jair Bolsonaro, é agora alvo de uma operação de busca e apreensão. A ação faz parte da 18ª fase da Operação Lesa Pátria e ocorreu em Brasília nesta manhã.
Fernandes foi intimado para depor e teve seu celular, uma arma e seu passaporte apreendidos. Ele é considerado um dos possíveis mentores de um grupo “invisível” que teria facilitado invasões dos prédios públicos, no dia 8 de janeiro, além de ser apontado como um dos “kids pretos”, militares de alto escalão treinados para missões de alto risco.
O Supremo Tribunal Federal também ordenou o congelamento de seus ativos financeiros. Ele é suspeito de envolvimento nos eventos subversivos de 8 de janeiro e está sendo investigado por uma série de crimes, incluindo golpe de Estado e associação criminosa.
Depoimentos de vândalos detidos anteriormente indicam a presença de indivíduos mascarados e enluvados incentivando a invasão do Congresso. Eles teriam facilitado o acesso ao teto do edifício através de uma escada improvisada, levantando suspeitas de que o general possa estar ligado a este grupo.
Atualmente, Fernandes atua como professor no Instituto Sagres de Política e Gestão Estratégica Aplicadas. A investigação sugere que os ataques foram realizados de forma profissional, por pessoas familiarizadas com o local e com treinamento adequado.
A Operação Lesa Pátria continua em andamento, visando identificar outros possíveis membros das Forças Especiais do Exército envolvidos nas invasões às sedes dos Três Poderes.
O general gravou vídeo de sua participação no 8 de janeiro, no qual se diz “arrepiado” de alegria com as invasões criminosas.