Após o controverso depoimento do general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional de Jair Bolsonaro, no qual repetidamente fez diversas declarações falsas e contraditórias, a CPI dos Atos Golpistas mira agora suas atenções no general Walter Braga Netto.
O depoimento de Netto está agendado para a quinta-feira da próxima semana (5) e provavelmente será um dos últimos a serem realizados pelo comitê.
Segundo o colunista Lauro Jardim, após o testemunho de Heleno, a base do governo está elaborando uma estratégia para tentar encurralar Braga Netto, refutando possíveis narrativas fictícias e mentirosas. A análise é que Arthur Maia cometeu um erro ao não ordenar a prisão do ex-ministro do GSI após identificar suas contradições durante o depoimento. Agora, os aliados do governo buscam evitar que o período destinado aos testemunhos seja explorado para a criação de narrativas.
O ex-ministro da Casa Civil, ex-titular do Ministério da Defesa e o indicado por Jair Bolsonaro como candidato a vice-presidente, deveria ter prestado seu depoimento anteriormente, mas foi adiado. Em vez disso, os membros da CPI optaram por ouvir o depoimento de Osmar Crivelatti, ex-assessor da Presidência da República e atual membro da equipe do ex-presidente.
De Braga Netto, assim como o depoimento de Heleno, os parlamentares querem respostas sobre o envolvimento de militares nos planos para invalidar as eleições.
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