Como Maia removeu o agitador da CPMI

Imagem: Pedro França/Agência Senado

Depois de ser desafiado publicamente pelo deputado Abílio Brunini (PL) a retirá-lo da sessão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) sobre o 8 de janeiro, o presidente do colegiado, o deputado Arthur Maia (UNÃO), suspendeu a sessão para o almoço e para refletir sobre o que faria com o parlamentar baderneiro.

Maia afirmou a interlocutores que se sentiu extremamente desmoralizado pelo deputado bolsonarista, que por diversas vezes desafiou a autoridade do presidente do colegiado. Após essa declaração, Maia fez uma ligação que aparentemente fez o entendimento de que Abílio deveria ser retirado da comissão valer entre a oposição. E que, após isso, o deputado bolsonarista se retirou da sessão sem maiores entraves, se resignando a alegar ser perseguido no plenário da Câmara dos Deputados.

Quem esteve com o deputado não soube afirmar para quem Maia teria ligado, mas não seria a primeira vez que bolsonaristas se “acalmam” após uma ligação do presidente de uma CPI.

Ainda no início da CPI da Pandemia, os bolsonaristas, que eram a base do então governo de Jair Bolsonaro, protagonizavam todo tipo de balbúrdia possível na comissão. O clima no colegiado só mudou após uma ligação do deputado Omar Aziz (PSD) para Arthur Lira (PP), presidente da Câmara dos Deputados.

Vale lembrar que Maia é próximo de Lira e foi indicado pelo próprio para presidir a CPMI.

Cleber Lourenço: Defensor intransigente da política, do Estado Democrático de Direito e Constituição. | Colunista n'O Cafézinho com passagens pelo Congresso em Foco, Brasil de Fato e Revista Fórum | Nas redes: @ocolunista_
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