Blogueiro pró-Bolsonaro concorda com delação na CPMI de Atos Golpistas

egenda: Comunicador está preso em Foz do Iguaçu, Paraná, após ser capturado no Paraguai Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados


A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas avançará na próxima semana com a delação premiada de Wellington Macedo, blogueiro e ativista alinhado ao bolsonarismo.

Segundo fontes ouvidas pelo Cafezinho, a defesa de Macedo, envolvido em um ataque a bomba no aeroporto de Brasília em dezembro de 2022, aceitou a oferta de delação feita pela relatora da comissão, senadora Eliziane Gama (PSD-MA).

Em entrevista ao site Congresso em Foco, o deputado Rogério Correia (PT-MG) informou que a defesa de Macedo está aguardando acesso a mais documentos da Polícia Federal para formalizar a delação junto ao Supremo Tribunal Federal e à Procuradoria Geral da República. A proposta foi apresentada pela relatora após uma audiência na qual Correia mostrou um vídeo de Macedo criticando o abandono por parte de políticos bolsonaristas.

Correia explicou que a CPMI atuará de forma semelhante à Polícia Federal, coletando evidências e provas para serem validadas pelo STF e pela PGR. Macedo, junto com George Washington de Oliveira Sousa e Alan Diego dos Santos, participou de um ato classificado como terrorista no aeroporto de Brasília.

O deputado também destacou que Macedo é uma figura próxima ao núcleo do bolsonarismo e produziu diversos vídeos incitando a população a cometer crimes. Além do ataque ao aeroporto, Macedo estava acampado em frente a um quartel do Exército em Brasília.

Nascido em Sobral, Ceará, Macedo já foi assessor da Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente e se identifica como um bolsonarista radical. Ele já foi investigado pelo STF por incitação à violência e ameaças à democracia, e estava cumprindo prisão domiciliar até ser preso no Paraguai em janeiro deste ano.

O deputado Pastor Henrique Vieira (PSol-RJ) ressaltou que a presença de Macedo na sessão evidenciou o caráter violento do bolsonarismo, enquanto a senadora Eliziane Gama acredita que ele pode fornecer informações e provas valiosas para a comissão.

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