No dia 23 de setembro de 2023, o ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, mais conhecido como Lula, proferiu um discurso histórico na Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU). O pronunciamento abordou uma série de questões globais, desde a fome e desigualdades até a emergência climática e a necessidade de reformas no sistema multilateral. A seguir, destacamos os principais pontos do discurso de Lula e a repercussão internacional desse importante evento.
O Discurso de Lula na ONU
Lula iniciou seu discurso fazendo referência à fome que assola o mundo, destacando que 735 milhões de pessoas não têm a certeza de que terão comida para o dia seguinte. A fome foi um tema central de sua fala, lembrando que há duas décadas ele também abordou essa questão no Parlamento Mundial.
O ex-presidente brasileiro enfatizou o combate às desigualdades como foco principal de seu discurso, argumentando que a falta de “vontade política” é um dos principais obstáculos para solucionar esse problema global. Ele ressaltou como a classe social e o local de nascimento determinam as oportunidades na vida das crianças desde o início.
Lula também observou que a desigualdade está intrinsecamente ligada a várias crises globais e afirmou que a comunidade internacional enfrenta múltiplas crises simultâneas. Ele destacou a importância da indignação para enfrentar a desigualdade e transformar o mundo.
A questão ambiental ocupou uma parte significativa do discurso de Lula. Ele pediu o apoio financeiro dos países ricos para adotar medidas de proteção ambiental e combater as mudanças climáticas. Lula lembrou o compromisso estabelecido no Acordo de Paris e expressou preocupação com a insuficiência dos recursos disponíveis para enfrentar a emergência climática.
O presidente brasileiro defendeu o desenvolvimento sustentável e mencionou iniciativas do governo, como o Plano de Transformação Ecológica e a Cúpula de Belém, que reuniu países com floresta amazônica em seus territórios. Ele enfatizou a necessidade de um modelo socialmente justo e ambientalmente sustentável.
Lula reafirmou o compromisso do Brasil com os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, bem como um 18º objetivo, relacionado ao combate à desigualdade racial.
Repercussão Internacional
O discurso de Lula na ONU teve ampla repercussão internacional. Diversos veículos de comunicação ao redor do mundo destacaram suas palavras e posicionamentos. Alguns pontos de destaque na cobertura internacional incluem:
- The Guardian (Reino Unido): O jornalista Patrick Wintour afirmou que o discurso de Lula recolocou o Brasil como “o verdadeiro líder do Sul Global”.
- Al Jazeera (Catar): A Al Jazeera destacou os apelos de Lula em prol da proteção das florestas e contra a desigualdade global, além da adesão do Brasil a uma agenda multilateral.
- RT (Rússia): O veículo noticiou a insistência de Lula na urgência de reformas no Conselho de Segurança da ONU.
- Prensa Libre e La Hora (Guatemala): A menção de Lula sobre o risco de um golpe de Estado na Guatemala teve grande repercussão no país.
- Diário de Notícias (Portugal): O veículo ressaltou o discurso de Lula sobre a crise climática e sua crítica ao neoliberalismo.
- El País (Espanha): O jornal espanhol valorizou o apelo de Lula por diálogo na resolução da guerra na Ucrânia, mencionando Joe Biden.
- New York Times e Washington Post (EUA): Nos EUA, o encontro entre Lula e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, ganhou mais destaque do que o discurso sobre desigualdade.
O discurso de Lula na ONU também teve grande repercussão nas redes sociais, sendo o sétimo assunto mais comentado globalmente no Twitter e o mais debatido no Brasil.
O pronunciamento de Luiz Inácio Lula da Silva na Assembleia Geral das Nações Unidas em 2023 marcou sua posição como figura global influente e trouxe importantes questões internacionais para o centro do debate político mundial.
Nivaldo
20/09/2023 - 09h53
Paulo ! acho que vc deve ser espectador do programa panos nos IS da jovem Pan, que ignora o sucesso do governo atual para agradar o bolsonaro, O mundo elogiou o discurso, vcs estão sozinhos fazendo mimimi
Paulo
19/09/2023 - 22h54
Só conversa. A única coisa boa dessa Assembleia foi o reconhecimento, por parte dos EUA, de que o CS deva ser redimensionado. Mas, enquanto o Brasil se une incondicionalmente a Rússia e a China, acho improvável que sejamos contemplados pelos votos estadunidenses para ocupar um cargo permanente. O Itamaraty está perdido…Temos que ter mais diplomacia…
Luiz
19/09/2023 - 21h22
23 de setembro de 2023? Ex-presidente Lula?