O secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, fez uma declaração que deveria ser recebida com muita atenção pelos governos e cidadãos do mundo todo. Ele confirmou que a Rússia invadiu a Ucrânia para impedir o expansionismo da OTAN. Essa é uma afirmação importante, pois a mídia ocidental tem apresentado uma narrativa unilateral, culpando a Rússia pela crise na Ucrânia.
Stoltenberg também reconheceu que a OTAN poderia ter evitado a guerra, pondo fim à sua expansão e cumprindo o Acto Fundador OTAN-Rússia de 1997. Essa é uma afirmação igualmente importante, pois mostra que a OTAN tem uma grande responsabilidade na crise atual. Desde o fim da Guerra Fria, a OTAN tem se expandido cada vez mais em direção às fronteiras russas, ignorando as preocupações da Rússia.
Assista:
A expansão da OTAN é vista pela Rússia como uma ameaça à sua segurança nacional. Afinal, a Rússia já sofreu invasões devastadoras em duas ocasiões no século XX: durante a Primeira e a Segunda Guerra Mundial. É compreensível que a Rússia queira manter uma zona de segurança em suas fronteiras, especialmente após a perda de seu antigo aliado, a Ucrânia.
A OTAN, por sua vez, argumenta que sua expansão é necessária para garantir a segurança dos países europeus. No entanto, essa justificativa não convence a Rússia, que vê a OTAN como uma organização agressiva e expansionista. A crise na Ucrânia é um exemplo claro das consequências da expansão da OTAN.
Em resumo, a declaração de Stoltenberg é uma admissão importante da responsabilidade da OTAN na crise na Ucrânia. A OTAN precisa reconhecer que sua expansão tem consequências e que a Rússia tem legítimas preocupações de segurança. É hora de buscar um diálogo construtivo com a Rússia e encontrar uma solução pacífica para a crise na Ucrânia.