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Exército reconhece que secretaria comandada por nomeado por Bolsonaro tem responsabilidade por invasão ao Planalto

Conteúdo em parceria com Ananias Oliveira A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) sobre o 8 de janeiro recebeu cópias de todos os Processos, Sindicâncias e Inquéritos Policiais Militares, instaurados para investigar os militares que deveriam ter protegido o Palácio do Planalto, diante dos atos golpistas de 8 de janeiro O requerimento realizado pelo deputado […]

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General Carlos Feitosa Rodrigues conversa com invasores no 8 de janeiro | Foto: GSI

Conteúdo em parceria com Ananias Oliveira

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) sobre o 8 de janeiro recebeu cópias de todos os Processos, Sindicâncias e Inquéritos Policiais Militares, instaurados para investigar os militares que deveriam ter protegido o Palácio do Planalto, diante dos atos golpistas de 8 de janeiro

O requerimento realizado pelo deputado Alexandre Ramagem foca principalmente em inquéritos conduzidos pelo Coronel Roberto Jullian da Silva Graça, atual chefe do Estado-Maior do Comando Militar do Planalto.

Nos documentos obtidos com exclusividade pelo Cafezinho, além de reconhecer erros cometidos por militares, os militares reconhecem que uma secretaria do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) comandada por um general nomeado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro ainda na gestão do general Augusto Heleno a frente do GSI, um dos militares próximos do ex-presidente.

Vale ressaltar também que as indicações no GSI se dão quase todas por indicação de nomes feita pelo alto-comando das forças armadas e que geralmente são apenas chanceladas por presidentes e chefes da pasta mediante alinhamento.

No trecho que diz sobre a conclusão de uma das apurações, há o seguinte trecho:

“Noutro vertice, das diligencias acima delineadas, ratifico o entendimento exarado no Relatório (FIs 280/314), que conclui pela existência de indícios de responsabilidade da Secretaria de Segurança e Coordenação Presidencial/DSeg quanto a invasão do Palácio do Planalto, considerando que houve falha no planejamento e na execução das ações, delineadas no Plano de Operações Escudo do Planalto e no Decreto n° 11.331, 1° de Janeiro de 2023, que visam garantir a segurança das instalações presidenciais”.

A Secretaria de Segurança e Coordenação Presidencial era comandada durante o dia 8 de janeiro pelo general Carlos Feitosa que estava no cargo desde 2021 quando foi nomeado por Jair Bolsonaro e foi flagrado conversando com golpistas durante invadiam e destruíam o Palácio do Planalto.

Em 23 de janeiro o general Feitosa foi transferido para a Assessoria de Planejamento e Gestão do Departamento-Geral do Pessoal do Exército Brasileiro e afastado de suas funções no GSI.

Feitosa era da mesma turma da Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN 89) que coronel Flávio Botelho Peregrino que era assessor do general Braga Netto e considerado os olhos de Braga Netto na campanha de Bolsonaro. Feitosa e Botelho também estiveram juntos num curso de formação do exercito na Argentina em 2012.

Botelho ocupou o cargo na Assessoria Especial de Comunicação Social da Casa Civil da Presidência da República e fez parte do comitê especial sobre a covid-19 do governo federal. Recentemente o militar também foi mencionado como uma das dose testemunhas solicitadas por Braga Netto e Jair Bolsonaro em ações que investigam o uso eleitoral do 7 de Setembro do ano passado.

Com isso documento desmonta parte da falácia de opositores de governo de que o 8 de janeiro seria um plano mirabolante do próprio governo Lula, principalmente ao colocar uma secretaria comandada por um indicado de Jair Bolsonaro e Augusto Heleno como uma das responsáveis pelas falhas que ocasionaram a invasão do Palácio do Planalto.

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Cleber Lourenço

Defensor intransigente da política, do Estado Democrático de Direito e Constituição. | Colunista n'O Cafézinho com passagens pelo Congresso em Foco, Brasil de Fato e Revista Fórum | Nas redes: @ocolunista_

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