Com seus dias contados no Congresso, o ex-juiz parcial e atual senador Sérgio Moro (União Brasil-PR) ganhou um novo motivo para lhe assombrar. Desta vez, os advogados do doleiro Alberto Yousseff devem entrar com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) que pode enterrar de vez as atrocidades jurídicas de Moro e de toda a força tarefa.
De acordo com informações do colunista Robson Bonin, na Veja, o doleiro reuniu provas contra o ex-juiz parcial que podem anular a delação premiada feita no começo da Lava Jato. Vale lembrar que Yousseff foi uma das primeiras figuras no plano de lawfare dos procuradores e juízes da operação.
Na sua ação, o doleiro deve pedir que o ministro da Suprema Corte, Dias Toffoli, assuma a investigação contra o ex-juiz parcial no caso dos grampos encontrados em sua cela em 2014. Na épóca, os advogados de Yousseff encontraram as escutas. Logicamente, que os aparelhos seriam usados para gravar as conversas entre o investigado e a defesa, pois o objetivo da Lava Jato era achacar os envolvidos.
Com isso, Yousseff acusa Moro de ingerência na investigação conduzida pela Polícia Federal com objetivo de abafar o caso e evitar a anulação da delação premiada do doleiro. É bom destacar que se houvesse essa anulação, a Lava Jato teria morrido logo no nascedouro.
Inicialmente, o doleiro foi condenado ainda em 2014 por 121 anos de cadeia, mas teve sua pena reduzida para três anos após fechar um acordo de delação premiada com Sérgio Moro. Com isso, Yousseff saiu da prisão em 2016, enquanto a Lava Jato estava no seu auge, aterrorizando toda a classe política e quebrando empresas estratégicas do nosso país.
Porém, em março deste ano o juiz Eduardo Appio que assumiu a 13ª Vara Federal de Curitiba determinou a prisão do doleiro. Na ocasião, o juiz Appio justificou a decisão afirmando que Yousseff mudou de domicílio sem comunicar à Justiça.
Appio também destacou o alto nível de periculosidade do doleiro por ser reincidente em crimes de colarinho branco e lavagem de dinheiro. Por fim, o juiz lembrou que Yousseff foi condenado a mais de 32 anos de prisão e que ainda não regularizou suas dívidas com a Receita Federal.