Antony Blinken anuncia uma “nova era” na diplomacia dos Estados Unidos

Jim Watson | AFP | Getty Images

Antony Blinken fez um discurso no dia 13/09/2023 na Escola de Estudos Internacionais Avançados (SAIS) da Universidade Johns Hopkins com o tema: “O Poder e o Objetivo da Diplomacia Americana numa Nova Era”.

Neste discurso se ressalta a compreensão norte-americana que o modelo de governaça internacional pós-guerra fria acabou. Uma nova era se inicia, e o símbolo dessa nova era seria a parceria sino-russa.

Outro ponto de destaque seria a reiteração da visão onde os EUA seriam os “xerifes” do mundo, numa luta maniqueísta entre democracias e autocracias.

Assista ao recorte em destaque:

Nos últimos anos, tem sido evidente uma aproximação geopolítica entre a Rússia e a China. Essa aproximação tem sido motivada por interesses econômicos, militares e políticos comuns, além de uma convergência de visões sobre a ordem internacional.

No campo econômico, a Rússia e a China têm se aproximado por meio de acordos comerciais e investimentos bilaterais. Em 2019, o comércio entre os dois países atingiu um recorde de US$ 110 bilhões. Além disso, a China tem investido em projetos de infraestrutura na Rússia, como a construção de uma ferrovia que liga a região siberiana ao porto chinês de Dalian.

No campo militar, a Rússia e a China têm realizado exercícios conjuntos e compartilhado tecnologia militar. Em 2018, os dois países realizaram sua maior manobra militar conjunta, envolvendo mais de 300 mil soldados. Além disso, a China tem comprado armas russas, como sistemas de defesa antiaérea S-400.

No campo político, a Rússia e a China têm se aproximado por meio de sua oposição à hegemonia dos Estados Unidos e à ordem internacional liderada pelo Ocidente. Ambos os países defendem uma ordem internacional mais multipolar, com maior participação de países emergentes.

Em resumo, a aproximação geopolítica entre a Rússia e a China tem sido impulsionada por uma combinação de interesses econômicos, militares e políticos. Embora essa aproximação possa representar um desafio para a ordem internacional liderada pelo Ocidente, ela também pode criar novas oportunidades de cooperação e diálogo entre as grandes potências mundiais.

Matheus Winck:
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