Com base na representação da Polícia Federal que fundamentou a operação Perfídia, ocorrida na manhã da última terça-feira (12) que trata da investigação sobre a compra de coletes balísticos durante a Intervenção Federal na segurança pública do Rio de Janeiro em 2018 e obtida pela coluna, há um fato ainda mais grave sobre tentativa de venda de coletes balísticos pela CTU SECURITY LLC.
Segundo a investigação da PF a empresa tentou fraudar o laudo técnico que atestaria a qualidade e segurança dos equipamentos que seriam usados pelos agentes de segurança pública no Rio de janeiro. A falta deste laudo teria sido um dos principais motivos para que a venda fraudulenta não fosse consumada pelo Estado brasileiro.
Ainda segundo conversas obtidas pela investigação, há indícios de que eram os próprios investigados que estavam tentando produzir um laudo falso.
Além disso, a CTU afirmou que os coletes seriam fornecidos por eles em parceria com a empresa APPLIED FIBER CONCEPTS INC que negou ter qualquer relação com a CTU e por conta disso, os representantes da da CTU sugeriram dar um “GATO” nas etiquetas já que a certificação apresentada para o Gabinete de Intervenção Federal do Rio de janeiro (Girfrj) era para APPLIED.
E foi justamente esse o motivo que acabou por inviabilizar o processo já que empresa APPLIED, em carta enviado ao GIFRJ, informou que não mantinha nenhum contato comercial com a CTU.
Com isso, o Tribunal de Contas da União (TCU) impediu que milhares de coletes à prova de balas sem a devidas certificações e laudos fossem parar nas mãos de agentes de segurança pública que poderiam ter suas vidas colocadas em risco por conta disso.
Uma reportagem da jornalista Daniela Lima revelou que houve uma tentativa de Braga Netto de obter autorização para compras sem licitação durante a atuação no Rio. Ele cita, na peça, textualmente, a necessidade de comprar mais de 8 mil coletes à prova de balas que estariam para vencer. Coletes que seriam vendidos pela CTU SECURITY LLC e que levou a operação desta semana.
Em outra apuração também desta coluna, revelamos que, segundo a Polícia Federal, a contratação da CTU teria ocorrido mediante pagamento de vantagem indevida.