O lembrete de Kakay a Merval Pereira

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O advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, mais conhecido como Kakay, também ficou indignado com a tamanha desonestidade intelectual do colunista do Grupo Globo, Merval Pereira. Ontem, o jornalista voltou a usar seu espaço no jornal da família Marinho para pregar o lavajatismo e defender a prisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Ainda na sua publicação, Merval ataca a decisão do ministro Dias Toffoli, do STF, que determinou como imprestáveis todas as provas do acordo de leniência da Odebrecht. O magistrado também ordenou que a Advocacia Geral da União (AGU) identifique e notifique todos os agentes públicos que ignoraram os canais OFICIAIS e LEGAIS para fechar o acordo. O magistrado busca a responsabilização e punição.

LEIA: A nova bobagem de Merval Pereira

Naturalmente que essa determinação de Toffoli atingiu em cheio “os cabeças” da Lava Jato como Deltan Dallagnol e Sérgio Moro, causando a fúria do colunista que sempre foi um dos porta-vozes da extinta força-tarefa e um “advogado” das arbitrariedades de Moro e sua turma.

“O então ex-presidente Lula foi para a cadeia por uma decisão do Supremo de permitir a prisão depois de condenação em segunda instância. Ficou preso 1 ano, 7 meses e 1 dia, período em que vários habeas corpus em seu favor foram recusados pela maioria do Supremo”, disparou Merval.

Tomado pela fúria, o colunista insinuou que a decisão da Suprema Corte em tirar Lula da cadeia foi uma obra do acaso e que aconteceu porque, segundo ele, os ministros “mudaram de ideia”.

“Um belo dia, ministros mudaram de ideia e de voto, permitindo que se formasse a maioria para liberar Lula: Rosa Weber, que sempre fora contra, mas seguira a maioria na votação anterior, Gilmar Mendes e Dias Toffoli, alegando que havia abuso na prisão em segunda instância”, acrescentou. “O ministro Dias Toffoli, ao tomar a decisão drástica de anular todos os processos da Lava-Jato, mostrou quão volúvel é”, prosseguiu Merval.

Por sua vez, Kakay procurou a coluna e lembrou que as peças fundamentais para a liberdade de Lula foram as Ações Declaratórias de Constitucionalidade, ou ADC´s, que foram protocoladas no Supremo naquele período turbulento da nossa democracia. Ou seja, não foi uma obra do acaso como insinuou de forma desonesta o colunista do Globo.

“O que resultou na liberdade do Lula foi o julgamento das ADCs 43- 44 e 54. Inclusive a primeira delas, a 43, eu fui o autor. Por sinal quando entrei com esta Ação eu estava preocupado com a situação carcerária”, lembrou Kakay.

Acesse a decisão da soltura de Lula clicando aqui.

Gabriel Barbosa: Jornalista cearense com pós-graduação em Comunicação e Marketing Político. Atualmente, é Diretor do Cafezinho. Teve passagens pelo Grupo de Comunicação 'O Povo', RedeTV! e BandNews FM do Ceará. Instagram: @_gabrielbrb
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