O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) está investigando a conduta de magistrados e funcionários do sistema judiciário brasileiro que não apenas demonstraram apoio aos eventos antidemocráticos ocorridos em 8 de janeiro, mas também realizaram transferências bancárias para financiar atividades consideradas como atos de terrorismo na capital.
De acordo com fontes ligadas ao CNJ, as evidências dessas transferências, feitas através do sistema de pagamentos instantâneos PIX, já foram incluídas no processo de investigação que está em fase de preparação e será aberto nos próximos dias.
A identidade dos autores dessas transferências, assim como os detalhes das transações, permanecem sob sigilo. As provas são consideradas substanciais, e os indivíduos envolvidos deverão ser submetidos a uma investigação por suspeita de financiamento de atividades golpistas.
A gravidade desse assunto é enfatizada dentro do CNJ, uma vez que a função fundamental de um magistrado é preservar o estado de direito, não apoiar ou financiar ações contrárias à democracia e à Constituição.
Em uma frente separada de investigação, o CNJ começou a apurar as condutas de um ex-desembargador que proferiu discursos golpistas e chegou a defender a prisão de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), conforme relatado anteriormente. Essas condutas ocorreram enquanto Sebastião Coelho da Silva ainda era desembargador, o que autoriza o CNJ a investigar o comportamento do magistrado, que agora está aposentado.
O ministro Luis Felipe Salomão, Corregedor Nacional de Justiça, determinou a abertura de uma reclamação disciplinar contra Coelho. A medida inclui a solicitação de quebra do sigilo bancário de Coelho no período que abrange de agosto de 2022 a janeiro de 2023. Esse intervalo de tempo engloba o período de campanha eleitoral, a formação de acampamentos em frente a quartéis após a derrota de Jair Bolsonaro nas eleições e os eventos golpistas ocorridos em janeiro deste ano.
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