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Rendimentos do trabalho no Brasil cresceram 6,2% no segundo trimestre de 2023

Alta na renda foi maior nas regiões Centro-Oeste e Nordeste, entre os trabalhadores de 25 a 39 anos e com ensino fundamental incompleto Publicado em 05/09/2023 – Última modificação em 05/09/2023 às 12h29 Ipea — Os rendimentos habituais reais médios do trabalho no Brasil aumentaram 6,2% no segundo trimestre de 2023, na comparação com o mesmo período […]

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Helio Montferre/Ipea

Alta na renda foi maior nas regiões Centro-Oeste e Nordeste, entre os trabalhadores de 25 a 39 anos e com ensino fundamental incompleto

Publicado em 05/09/2023 – Última modificação em 05/09/2023 às 12h29

Ipea — Os rendimentos habituais reais médios do trabalho no Brasil aumentaram 6,2% no segundo trimestre de 2023, na comparação com o mesmo período do ano passado, apontando a desaceleração da recuperação da renda. A Nota de Conjuntura divulgada nesta terça-feira (5) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) também mostra que a renda média habitual real de R$ 2.924 registrada no segundo trimestre do ano superou, pela primeira vez, os níveis observados no mesmo trimestre de 2019 (R$ 2.904), pouco antes da pandemia de Covid-19.

O rendimento habitual é aquele recebido por empregados, empregadores e trabalhadores por conta própria, mensalmente, sem acréscimos extraordinários ou descontos esporádicos, ou seja, sem parcelas que não tenham caráter contínuo. As estimativas mensalizadas elaboradas pelo Ipea apontam que o rendimento habitual médio real em junho deste ano (R$ 2.936) foi 1,8% maior que o observado no mês anterior (R$ 2.883) e 0,2% maior que o registrado em dezembro de 2022 (R$ 2.929). Em contraste, a renda efetiva cresceu 5,8% no segundo trimestre deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado.

Com a estabilidade da renda no segundo trimestre deste ano, a massa salarial habitual alcançou R$ 284,3 bilhões, 7,2% ou R$ 19 bilhões maior que no mesmo trimestre de 2022, porém, somente 1% maior que no trimestre anterior (R$ 2,8 bilhões). Esse pequeno aumento na margem se deve ao crescimento da população ocupada, visto que os rendimentos médios ficaram estáveis.

Os maiores aumentos na renda frente ao mesmo período do ano passado foram registrados nas regiões Centro-Oeste e Nordeste, entre os trabalhadores de 25 a 39 anos e com ensino fundamental incompleto. Nenhum grupo demográfico de trabalhador apresentou queda na renda, mas o crescimento foi menor para os que habitam a região Sul e em regiões não metropolitanas, os maiores de 60 anos, aqueles com ensino médio completo e os chefes de família.

Com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o estudo também traz análises por corte de gênero. Os rendimentos efetivos e habituais recebidos pelas mulheres, que vinham apresentando desempenho inferior aos dos homens, tiveram nos dois primeiros trimestres de 2023 um crescimento interanual maior que os masculinos (7,3% contra 5,7% da renda habitual e 6,9% contra 5,3% da renda efetiva no segundo trimestre).

Na análise por tipo de vínculo, os trabalhadores do setor público, que vinham apresentando o menor crescimento real de rendimentos habituais médios, obtiveram no segundo trimestre de 2023 aumento de 4% da renda em comparação com o mesmo período de 2022 (contra uma alta interanual de 5,5% no trimestre anterior). Este grupo foi o único que enfrentou uma intensificação da queda da renda até o primeiro trimestre de 2022 e uma recuperação mais lenta na margem.

Já os trabalhadores formais do setor privado tiveram um crescimento da renda habitual de 3,4% no segundo trimestre de 2023 ante o mesmo intervalo do ano anterior, mantendo uma desaceleração do aumento da renda. Os trabalhadores informais, por sua vez – sejam aqueles por conta própria ou empregados sem carteira –, conseguiram ao longo do ano passado uma recuperação mais veloz da renda, que pouco havia desacelerado no início de 2023. No segundo trimestre deste ano, os trabalhadores por conta própria ainda apresentaram um crescimento interanual de 7,6%, e os empregados sem carteira registraram uma desaceleração mais forte, com alta de 4,9% no mesmo trimestre.

Um importante efeito da pandemia foi o aumento da proporção de domicílios sem renda do trabalho, que saltou de 22,7% no primeiro trimestre de 2020 para 28,7% no segundo. Já no segundo trimestre de 2023, a proporção de domicílios nessa situação ficou em 23,3%, mais de um ponto percentual acima do observado no mesmo trimestre do ano anterior.

Acesse a íntegra do estudo

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