Guilherme Boulos, do PSOL, tem se engajado em iniciativas na Câmara dos Deputados voltadas para a população idosa, visando aprimorar o diálogo e reduzir a resistência desse segmento do eleitorado em relação à sua atuação política. Boulos é pré-candidato à Prefeitura de São Paulo e enfrentará o atual titular do cargo, Ricardo Nunes, do MDB, nas eleições de 2024.
Já no anos de 2020, Bruno Covas, do PSDB, conquistou a vitória sobre Boulos, direcionando seu apelo principalmente aos eleitores mais idosos, considerados mais conservadores e inclinados a acolher um discurso de moderação e experiência, de acordo com estrategistas de sua campanha. Poucos dias antes do segundo turno, uma pesquisa do Datafolha indicava que o candidato tucano tinha mais que o dobro da intenção de voto em relação ao seu adversário entre os eleitores com 60 anos ou mais.
Considerando esse histórico, Boulos conseguiu costurar a aprovação de um projeto de lei de sua autoria na Câmara que prevê multas para bancos e outras instituições financeiras que concederem empréstimos consignados sem autorização expressa do cliente. Agora, o texto aguarda aprovação no Senado.
O projeto estipula que 10% do valor emprestado seja repassado ao correntista em tais casos. Adicionalmente, as instituições não poderão cobrar juros ou multas dos clientes que não autorizaram os empréstimos. De acordo com Boulos, os idosos e aposentados são frequentemente as vítimas desse tipo de situação.
Além disso, o político assumiu o papel de relator do projeto de lei 8949/2017, que dispensa pessoas com doenças crônicas de passarem por perícias médicas periódicas para a renovação de benefícios que recebem. A premissa é que, uma vez que são cronicamente doentes, sua condição não deve mudar e, portanto, não requer avaliações médicas regulares.