Em um desdobramento importante das investigações em curso no Brasil, a Polícia Federal (PF) formalizou a aceitação de um acordo de delação premiada com Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Este passo significativo na investigação vem após Cid ter fornecido depoimentos cruciais à PF ao longo das últimas três semanas. No entanto, a efetivação do acordo depende agora da análise e aprovação pelo Ministério Público Federal (MPF), seguida pela homologação pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
O conteúdo exato da delação premiada de Mauro Cid ainda permanece sob sigilo, uma vez que o ex-auxiliar de Bolsonaro é uma figura central em várias investigações em curso. Algumas das suspeitas que recaem sobre ele incluem:
- Tentativa de Importação Irregular de Joias: Cid é suspeito de ter participado de uma tentativa de trazer joias para o Brasil de forma irregular. Essas joias teriam sido presentes oferecidos pelo governo Bolsonaro pela Arábia Saudita.
- Comércio Ilegal de Presentes Oficiais: Além disso, ele está sendo investigado por alegadamente tentar comercializar presentes recebidos pelo governo Bolsonaro de delegações estrangeiras durante viagens oficiais.
- Fraude nas Carteiras de Vacinação: Mauro Cid é também apontado como participante em uma suposta fraude relacionada às carteiras de vacinação do ex-presidente Bolsonaro e de sua filha de 12 anos.
- Possível Invasão do Sistema do CNJ: As autoridades estão investigando se Cid teve envolvimento em discussões sobre uma possível invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) por parte do hacker Walter Delgatti Neto, com o intuito de desacreditar o sistema judiciário brasileiro.
- Participação em Conversas sobre um Golpe de Estado: Outra acusação em investigação é a suposta participação de Cid em discussões relacionadas a um possível golpe de estado.
Para reforçar seu compromisso com o acordo de delação premiada, Mauro Cid compareceu voluntariamente ao Supremo Tribunal Federal (STF) no final da tarde de quarta-feira, 6 de setembro. Neste encontro, o juiz Marco Antônio realizou uma audiência com Cid e seu advogado para garantir que a decisão de prosseguir com a delação fosse feita de maneira voluntária e consciente. Agora, a decisão de homologar ou não a delação está nas mãos do ministro do STF, Alexandre de Moraes.
Vale ressaltar que em 28 de agosto, Mauro Cid prestou um depoimento que durou mais de 10 horas na sede da Polícia Federal em Brasília, no contexto da investigação sobre a invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) pelo hacker Walter Delgatti Neto. Naquela ocasião, as negociações para a delação já estavam em andamento.
O desenrolar dessa delação premiada e seu impacto nas investigações em andamento e na política brasileira serão acompanhados de perto por observadores, conforme o caso levanta questões críticas sobre a transparência do governo, corrupção e a integridade das instituições públicas no país.
Ligeiro
08/09/2023 - 09h32
Respondendo ao Ronei, lembremos que o caso em questão tem a haver com ações ocorridas durante o pleito presidencial do salnorabo. Logo, o foro em questão é o último, o STF. Cid foi preso por ações em investigação pelo STF.
Admar Souza Junior
07/09/2023 - 21h34
O Gado Bolsonarento anda furioso! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Ronei
07/09/2023 - 19h03
O que tem a ver o STF, esse sujeito tem foro privilegiado ?