A pesquisa Ipec (ex-Ibope) confirma tendências observadas em outras publicadas recentemente, como a Quaest, e mostra uma melhora sensível da aprovação do presidente Lula.
Em junho, 53% dos entrevistados (2 mil no total) responderam que aprovavam o desempenho de Lula. Na sondagem divulgada ontem, com o mesmo número de entrevistados, este percentual subiu para 56%.
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O relatório estratificado da pesquisa mostra que o presidente continua extremamente popular junto aos setores mais vulneráveis da população.
Entre os brasileiros com escolaridade até o fundamental, por exemplo, 68% afirmaram que aprovam o presidente da república, contra apenas 27% que rejeitam. Esse segmento representa, segundo o Ipec, cerca de um terço da população apta a votar.
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Na estratificação por renda, Lula conserva seu prestígio sobretudo entre os mais pobres. Segundo a Ipec, 65% dos brasileiros com renda familiar até 1 salário aprovam o desempenho do presidente. Este setor corresponde a 27% dos eleitores. Em junho, a aprovação de Lula nesta camada mais pobre tinha sido de 58%.
A pesquisa mostra que o petista está conseguindo reduzir o clima de polarização, muito agudo nos últimos anos.
A aprovação de Lula entre evangélicos, setor que experimentou, nos últimos anos, uma guinada forte para a direita política, subiu para 49%. Em junho era de 42%.
Lula perdeu alguns pontos, todavia, na classe média, pois tinha 51% de aprovação junto às famílias com renda acima de 5 salários em junho, e agora tem 45%.
Sempre é importante notar, de qualquer forma, que as margens de erro na pesquisa desses estratos são muito elevadas, então essas variações de uma sondagem para outra devem ser interpretadas com leveza.
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Um dado que me chamou atenção em particular estava na pergunta se a economia brasileira estaria melhor, igual ou pior em relação à do governo anterior.
94% dos eleitores de Lula no segundo turno responderam que estavam igual ou melhor (73% disseram que estava melhor, e 21% que estava igual).
Entre eleitores de Bolsonaro, uma surpresa: 40% dos entrevistados afirmaram que a economia hoje está igual ou melhor do que há seis meses (10% melhor, 30% igual).
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A íntegra da pesquisa pode ser baixada aqui.
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