Vários ministros estão sendo considerados para uma pequena reforma ministerial que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está planejando realizar para acomodar representantes do PP e do Republicanos em seu governo. Atualmente, os principais candidatos a mudanças são Márcio França, que ocupa a pasta de Portos e Aeroportos, e Ana Moser, responsável pelo Ministério dos Esportes.
De acordo com o esboço em discussão, Márcio França poderia ser substituído pelo deputado Sílvio Costa Filho, do Republicanos de Pernambuco. Enquanto isso, Ana Moser seria sucedida pelo também deputado André Fufuca, do PP do Maranhão, que é próximo ao presidente da Câmara, Arthur Lira.
Durante sua transmissão ao vivo nesta terça-feira (5), Lula indicou que está prestes a tomar decisões sobre essas mudanças e compartilhou como isso o afeta. Ele comentou: “É sempre muito difícil chamar alguém e dizer que precisará de um ministério porque fez um acordo com um partido político.” Acrescentou, dizendo: “Mas essa é a política.”
Além de conquistar o Ministério dos Esportes, o PP também estaria prestes a ganhar a criação da Secretaria de Prêmios e Apostas, uma área que originalmente estava destinada ao Ministério da Fazenda, devido à grande circulação de dinheiro.
Caso sejam retirados de seus ministérios, Márcio França, que é filiado ao PSB, e Ana Moser, que não possui filiação partidária, poderiam ser realocados em outros cargos do governo. Há especulações de que o ex-governador de São Paulo poderia substituir Luciana Santos, do PC do B, no Ministério da Ciência e Tecnologia. Por sua vez, Ana Moser poderia assumir o comando da Autoridade Olímpica, uma posição a ser criada.
Nos últimos meses, até mesmo o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, foi mencionado como um possível candidato a deixar o cargo. Ele também é filiado ao PSB e acumula a Vice-Presidência com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.
Em diferentes momentos, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, e o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, também foram mencionados como possíveis substitutos. No entanto, manifestações públicas claras do próprio Lula afastaram essas especulações.